As confederações patronais exigem “coragem e humildade” ao Governo “para reconhecer que precisamos de alterar o rumo”, em vez de “insistir numa receita que não é uma solução”. O compromisso une as confederações dos agricultores, do comércio e serviços, do turismo e empresarial.
A confederações dos Agricultores (CAP), do Comércio e Serviços (CCP), do Turismo (CTP) e a Confederação Empresarial (CIP) apresentaram hoje, em Lisboa, um compromisso para exigir ao Governo “propostas mais concretas e datadas”, com destaque para um “alívio fiscal” que será, alegaram, “determinante para a retoma do investimento das empresas, para a recuperação do emprego e do consumo das famílias”.
“De uma vez por todas há que ter a coragem de o assumir e a ousadia de não insistir numa receita que não é uma solução para Portugal e cuja continuidade nos pode levar para um caminho sem retorno. É preciso coragem e humildade para reconhecer que precisamos de alterar o rumo”, sustentam os signatários do compromisso.
As quatro confederações patronais entendem ainda que “é preciso olhar com mais atenção para o IRS e também para o IVA. Todas estas matérias têm que estar em cima da mesa, a par do IRC”. O “alívio fiscal” tem de ser imediato e não, como têm referido membros do Governo, “assim que for possível”, criticou o presidente da CCP, João Vieira Lopes.
“Estamos unidos em torno das medidas que sejam capazes de recuperar os postos de trabalho, que estão a deixar perto de um quarto de população activa no desemprego. Estamos unidos na ambição de travar a contracção do investimento e na tarefa de tirar da letargia a nossa economia”, reforçaram os signatários.