Nas Notícias

“Um homossexual não é a pessoa indicada para vigilante noturno num internato de rapazes”, defende professor catedrático

Um texto publicado no livro ‘Direito do Trabalho I’, manual universitário da autoria de António Menezes Cordeiro, gerou críticas e indignação. Aquele jurista e professor catedrático considera que “um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante noturno num internato de rapazes”. Escreve estas palavras como um exemplo de que a vida íntima, quando conhecida, “pode prejudicar a imagem de uma empresa”.

O texto foi publicado neste mês. E num parágrafo, onde se aborda a contratação de funcionários por parte de empresas, António Menezes Cordeiro defende que “a vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida”.

E quando se torna conhecida “pode prejudicar a imagem de uma empresa”.

O professor catedrático Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa dá exemplos. E entra na área mais controversa.

“Assim, como exemplos: para quem pretenda lidar com valores, melhor será que não tenha cadastro e que não esteja insolvente”, escreve, no primeiro exemplo. E prossegue:

“Um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante noturno num internato de jovens rapazes”.

António Menezes Cordeiro considera ainda que “uma recém-casada não pode ser contratada como modelo” e que “um alcoólico fica mal num bar”.

Sucede o mesmo “com um tuberculoso numa pastelaria ou com um esquizofrénico num infantário”.

Como que adivinhando a controvérsia que as suas palavras (escritas) pudessem suscitar, o professor conclui com um parágrafo onde salienta que o Direito “não vive de ideologias”.

“Não vale a pena fazer apelos ao politicamente correto, nem crucificar os estudiosos que se limitem a relatar o dia-a-dia das sociedades: o Direito vive com factos e não com ideologias”, salienta.

Estas palavras geraram polémica não apenas pelos exemplos citados, mas por abordar a relação entre uma empresa e um trabalhador – questões só por si suscetíveis de se tornarem fraturantes.

Em declarações ao jornal Público, o docente nega que exista qualquer teor sexista e dá outros exemplos da sua tese.

“Se eu não tiver uma boa constituição física não posso ser estivador”, assinala.

E lembra ainda que os guardas prisionais das prisões femininas “são mulheres” e que nos aeroportos, nas zonas de segurança, “a mulher não é apalpada por um homem”.

Redação

Partilhar
Publicado por
Redação

Artigos relacionados

Euro Dreams resultados de hoje: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

2 de maio, morre Leonardo da Vinci, o maior génio da História

Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…

há % dias

Ciberataques ao setor financeiro aumentaram 53% devido ao aumento dos serviços bancários online

O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…

há % dias

Números do Euromilhões de hoje: Chave de terça-feira, 30 de abril de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…

há % dias

Pilates na Ortopedia

Joana Bento Rodrigues - Ortopedista /Membro da Direção da SPOT A modalidade de Pilates foi…

há % dias

As 4 principais falhas éticas dos líderes que mais prejudicam os trabalhadores

A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial Quando os…

há % dias