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Um conselho de Durão Barroso que soa a ameaça a “um país sem alternativa”

“Portugal enfrenta desafios que não são fáceis”, reconhece Durão Barroso. Mas o presidente da Comissão Europeia lembra que se exige “consenso” nas reformas estruturais que o país tem de implementar. Em Cascais, Durão revela que só desse modo “será mais evidente a solidariedade dos parceiros europeus”. Um recado disfarçado de conselho a um país que “não tem alternativa”.

A discursar em Cascais, numa conferência da COTEC Portugal, o presidente da Comissão Europeu, Durão Barroso, revelou o recado que trazia na bagagem. “Portugal enfrenta desafios que não são fáceis. Contudo, os portugueses sabem que não há alternativas à resposta que se está a dar”, afirma o presidente da Comissão Europeia.

Para Durão Barroso, se não houver consenso em Portugal, por parte dos diversos agentes políticos, tendo em vista a aplicação das reformas de que o país necessita, mais difícil será obter solidariedade dos parceiros da União Europeia.

Durão entende que o sucesso do ajustamento está dependente daquele consenso, sob pena de se esvair essa solidariedade. “Portugal conta com a solidariedade dos parceiros europeus, o no seu esforço de ajustamento. No entanto, nada substitui os esforços dos próprios países na resposta às suas dificuldades”, lembrou Durão Barroso.

O presidente da Comissão Europeia entende que “quanto maior for o consenso nacional, mais será evidente a solidariedade dos parceiros europeus”. Nesse sentido, defende, o programa de apoio está dependente de união, numa altura em que surgem sinais de rutura e com o PS de Seguro a distanciar-se das políticas do Governo.

Nesta intervenção inserida na conferência ‘Conselho para a Globalização’, Durão Barroso tentou travar as divergências internas, que são sentidas, sobretudo num momento em que França se prepara para mudar as opções estratégicas, com a provável vitória do socialista François Hollande nas eleições.

Centrando-se no caso português, Durão Barroso compreende a dificuldade dos desafios que se colocam perante Portugal, mas o líder da Comissão Europeia lembra que não existe um plano b: o único caminho é apoiar as medidas do memorando e pôr travão nas divergências.

Durão refere ainda que só suportando “o corajoso programa” que o Governo está a implementar será possível “corrigir os desequilíbrios”.

Perante a dificuldades dos desafios, Portugal deve, segundo Durão Barroso, “alargar os horizontes e mobilizar os portugueses espalhados pelo mundo”, fazendo uso da diáspora portuguesa. “O País deve ser capaz de beneficiar da diáspora empresarial portuguesa. Somos excessivamente discretos e modestos, como se os portugueses tivessem pouca confiança nas suas capacidades. E não há motivo algum para que assim seja”, defende.

E o presidente da Comissão Europeia acha que os portugueses “são mestres em superar dificuldades”. Durão termina o seu discurso na conferência da COTEC Portugal com um elogio: “Portugal está a corrigir os seus desequilíbrios e, até agora, a fazê-lo muito bem”.

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