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Um colossal buraco negro é capaz de engolir o Sol 12 mil milhões de vezes

Não é um ‘simples’ buraco negro. A mais recente descoberta, realizada nos confins do Universo, mostrou um buraco novo cuja massa é um exagero: é 12 mil milhões de vezes superior à do Sol. A isto acresce o facto de ser datado da ‘infância’ de tudo: terá nascido 900 milhões de anos após o início do Universo.

Os números são esmagadores: a dimensão do mais recente buraco negro a ser descoberto, num dos confins do Universo, é tão exagerada que dentro dele cabiam 12 mil milhões de estrelas com a massa do nosso Sol.

Só para comparação: o planeta Terra já é tão ‘minúsculo’ que caberiam 1,3 mil milhões de planetas iguais dentro do Sol. Agora, quem conseguir que imagine 12 mil milhões de ‘cópias’ do Sol dentro de um buraco negro…

Mas não foi só a dimensão descomunal a chocar os astrónomos da Universidade de Pequim responsáveis pelo achado: a idade do buraco negro é a outra grande surpresa.

De acordo com a equipa liderada por Xue-Bing Wu, o buraco negro terá nascido cerca de 900 milhões de anos depois do Big Bang, o fenómeno que a maioria dos astrofísicos considera ter sido o início de todo o Universo.

Encontrar um vestígio que data de um momento “um pouco cedo” na História de tudo é “particularmente notável”, como realçou Xue-Bing Wu, ao descrever o achado para a Nature.

De acordo com o estudo, cujo resumo foi publicado na revista britânica, os dados recolhidos através dos sistemas SDSS detetaram um quasar (um corpo celeste que emite brilho intenso e grandes quantidades de radiação), sendo depois complementados com dados e observações recolhidos através do telescópio espacial WISE.

“Até agora, foram descobertos cerca de 40 quasares”, recordou Xue-Bing Wu: “Cada quasar contém um buraco negro com uma massa equivalente a mil milhões do nosso Sol”.

O buraco negro agora descoberto relança o debate sobre as teorias de formação e crescimento do Universo, em particular sobre a coevolução de fenómenos como as galáxias e os buracos negros.

Bram Venemans, astrónomo do Instituto Max Planck para Astronomia, já salientou que ver buracos negros “pertencentes ao início da expansão é, no mínimo, estranho e surpreendente”.

“As tecnologias atuais e futuras podem trazer à ciência novas características e formas de ver o Universo durante os primeiros milhões de anos após o Big Bang”, reforçou.

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