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UGT vai ter um líder que prefere “formas de luta pontuais” às “greves a torto e a direito”

manif 15 setembroCarlos Silva, o próximo secretário-geral da UGT, afirma que “o País não tem condições para entrar em greves gerais” e prefere “outras formas de luta, pontuais”. O candidato único a substituir João Proença garante que não ficará satisfeito só por ter “50 ou 100 mil pessoas na rua”.

Uma das duas principais centrais sindicais portuguesas, a União Geral de Trabalhadores (UGT), vai ter um líder que não acredita na eficácia das greves “a torto e a direito” e que alega a falta de condições, por parte de Portugal, para a existência de uma paralisação geral. Carlos Silva, o único candidato a substituir João Proença, garante mesmo que, “neste momento, o País não tem condições para entrar em greves gerais, a não ser que seja uma coisa que una os portugueses”.

Isto porque “há outras formas de luta, pontuais”, que podem dar melhores e mais rápidos resultados do que as paralisações “greves a torto e a direito”. Uma greve, especialmente uma geral, “é sempre a última forma de luta”, explicou Carlos Silva, numa entrevista ao Diário Económico.

Em vez de apostar na “greve pela greve, em agitação por agitação”, o próximo secretário-geral da UGT quer que toda a forma de luta tenha um “pressuposto”, como poderá ser, exemplificou, a defesa do Estado Social: “o pressuposto é o que nós vamos conseguir com isso. Se a ideia é só manifestar à opinião pública e as televisões que conseguimos meter 50 ou cem mil pessoas na rua, isso para mim não basta”.

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