O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, defendeu este sábado o aumento do salário dos portugueses, dentro das possibilidades, para níveis europeus. Durante o III Congresso da UGT/Coimbra, o dirigente afirmou que o sindicato subscreveu, “em termos mentais e práticos, a necessidade de se aumentar o salário mínimo nacional”.
O dirigente sindical sublinhou que, a haver condições orçamentais, o aumento decretado pelo Governo para o próximo ano deverá ir “além” dos 580 euros.
Carlos Silva defendeu a necessidade de se atingirem médias europeias que até são ultrapassadas em diversas matérias, como a “educação, mundo académico, ciência e investigação”.
Os salários dos banqueiros “são iguais ou até superiores à generalidade europeia, porque é que os salários dos trabalhadores não hão-de sofrer um avanço em termos europeus”, questinou o dirigente.
“As empresas também têm de fazer um esforço para acomodar os aumentos salariais para lhes dar um patamar de salário de dignidade, que, em Portugal, está perto da mediana”, referiu o secretário-geral da UGT.
Carlos Silva acrescentou também que é necessário “fazer um esforço no sentido do salário mínimo nacional continuar a evoluir e, portanto, entendemos que em 2018 e 2019 deverá haver uma aproximação à posições do que tem sido defendido pela generalidade dos partidos que apoiam o Governo e também pelas centrais sindicais”.
“O Governo tem de sentar connosco, não pode voltar as costas. Porque se não, vai ter uma guerra sem tréguas, na rua, no trabalho, nas empresas, porque eu não tenho medo.”
O secretário-geral teceu também críticas ao Governo, acusando-o de uma “imprudência, para não dizer uma grande injustiça” ao congelar a suspensão das progressões da carreira dos professores, e de não querer reunir com a UGT.
“Não reunir, não discutir com os sindicatos é pôr em causa do diálogo sindical, é pôr em causa a diplomacia sindical. É dizer que a UGT não está cá a fazer nada”, afirmou Carlos Silva.
“O Governo tem de sentar connosco, não pode voltar as costas. Porque se não, vai ter uma guerra sem tréguas, na rua, no trabalho, nas empresas, porque eu não tenho medo”, sublinhou o secretário-geral.
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