UGT: Proença recusa corte de subsídios de férias e quer Governo maioritário

Celebrações do 1.º de Maio terminam com exigências do secretário-geral da UGT. João Proença não aceita que os trabalhadores da Função Pública sejam fustigados pelo propalado corte dos subsídios de férias e defende um “Governo com maioria”, formado por um ou mais partidos.

As eleições de 5 de junho devem, segundo João Proença, gerar um Governo “maioritário”, condição “essencial” para que o País possa retomar o caminho do crescimento económico e evite regressar a uma nova crise política.

“As eleições devem determinar uma maioria: ou de um partido, ou formada por duas forças partidárias, ou até por mais de duas. Essencial é que o País tenha um Governo de maioria, porque se aproximam desafios essenciais que só um Governo nestas condições poderá enfrentar”, defendeu João Proença, no encerramento da marcha de 1.º de Maio, organizada pela UGT.

Por outro lado, o sindicalista pretende que as entidades que estão a negociar com a troika consigam defender os trabalhadores de um alegado corte do subsídio de férias e de Natal. O Governo já desmentiu essa medida, mas João Proença reitera o seu pedido.

“Não é aceitável que se acrescentem mais sacrifícios nos ombros dos trabalhadores. Quem rubricar um mau acordo terá de ser responsabilidado”, sustentou João Proença, na Praça dos Restauradores, em Lisboa.

O sindicalista defende “o diálogo”, em vez da reivindicação pura e simples, para que os representantes dos trabalhadores sejam ouvidos. E a troika – composta pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Fundo Europeu de Estabilidade Financeira – “não pode ignorar” a realidade portuguesa, sob pena de agravar as dificuldades.