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UE envia 32 observadores de longo prazo às províncias moçambicanas para ajudar em eleições

A Missão de Observação Eleitoral da UE às eleições gerais de 15 de outubro em Moçambique enviou hoje 32 observadores às províncias, visando contribuir para um “processo eleitoral credível, transparente e inclusivo”, anunciou o chefe da equipa.

O grupo de observadores de longo prazo mobilizado para os 11 círculos eleitorais do país faz parte de uma missão de 150 observadores eleitorais que a UE destacou para as eleições gerais moçambicanas, disse o chefe da missão, o eurodeputado Sánchez Amor, falando em conferência de imprensa em Maputo.

“Não é uma missão pequena, é verdade que o país é muito grande, mas é verdade também que o profissionalismo dos observadores de longo prazo que vão estar deslocados oferece garantias de um trabalho eficaz”, declarou Sánchez Amor.

Os observadores eleitorais da UE vão assistir a todas as etapas do processo, incluindo a campanha, votação e apuramento dos resultados, acrescentou Amor.

“A missão vai ficar até ao final do processo, até ao apuramento e anúncio dos resultados eleitorais, ficaremos cá até ao final”, reiterou.

Sánchez Amor assegurou que o número de observadores da UE garante um desdobramento pelas assembleias de voto à altura de reunir informação capaz de permitir uma leitura idónea do processo eleitoral.

“A qualidade, os patamares de excelência dos observadores da UE e o facto de ficarem no país durante muitas semanas permite observar o processo todo”, enfatizou Sánchez.

No dia 15 de outubro deste ano, 12,9 milhões de eleitores moçambicanos vão escolher o Presidente da República, dez governadores provinciais, 250 deputados da Assembleia da República e membros das assembleias provinciais.

Quatro candidatos concorrem às presidenciais, incluindo o atual chefe de Estado e líder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Filipe Nyusi, o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, Ossufo Momade, e o líder do candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior força política, Daviz Simango.

Concorrem ainda à Presidência da República o candidato do partido extraparlamentar Ação do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), Mário Albino.

Para as legislativas e provinciais concorrem 26 formações políticas, mas Frelimo, Renamo e MDM são os que têm maior pujança para aguentarem a dura jornada de 45 dias de campanha eleitoral pelos 11 círculos eleitorais do extenso território nacional e os dois da diáspora.

As próximas eleições gerais serão as sextas no país desde a introdução da primeira Constituição da República multipartidária, em 1990.

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