Categorias: Nas Notícias

Turquia diz que vai manter esforços para esclarecer assassínio de Khashoggi

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que o seu país continuará os esforços para esclarecer o assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, que ocorreu na embaixada saudita em Istambul, em outubro de 2018.

Num artigo publicado hoje no jornal Washington Post, Erdogan descreveu o assassínio do jornalista, morto por um grupo de agentes sauditas, como “provavelmente, o mais controverso e determinante incidente do século XXI”.

Estas declarações do Presidente turco aconteceram nas vésperas do primeiro aniversário da morte de Khashoggi, que ocorreu a 02 de outubro do ano passado.

Erdogan disse que a Turquia vai continuar a questionar “onde estão os restos mortais de Khashoggi, quem assinou a sentença de morte do jornalista saudita e quem enviou os 15 assassinos em dois aviões para Istambul”.

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, afirmou por seu lado que assume “plena responsabilidade” pela morte do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime, mas negou ter ordenado o homicídio.

“Este foi um crime hediondo. Mas assumo plena responsabilidade como líder na Arábia Saudita, especialmente porque foi cometido por indivíduos que trabalham para o Governo saudita”, disse Mohammed bin Salman, em entrevista ao programa norte-americano “60 minutos” no domingo.

O príncipe herdeiro respondeu com um “não” categórico à questão sobre se tinha ordenado o assassínio de Khashoggi, e apontou que o homicídio do influente jornalista no exílio tinha sido “um erro”.

A 02 de outubro do ano passado, o jornalista saudita Jamal Khashoggi, que morava nos Estados Unidos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, para tratar de alguns documentos necessários para o casamento com uma cidadã turca.

O jornalista não voltou a sair do consulado, onde foi morto por agentes sauditas, que saíram da Turquia e regressaram à Arábia Saudita logo após o assassínio.

O julgamento de 11 suspeitos pelo assassínio começou no início de janeiro, na Arábia Saudita, e o procurador-geral solicitou a pena de morte para cinco deles. Até hoje, ninguém foi condenado.

Em junho, a ONU publicou um relatório que responsabiliza diretamente o príncipe bin Salman e pediu mais sanções internacionais contra a monarquia saudita e a continuação das investigações sob os auspícios do organismo internacional.

“Alguns pensam que eu devia saber o que três milhões de pessoas que trabalham para o Governo saudita fazem diariamente”, afirmou o príncipe herdeiro, durante a entrevista ao 60 minutos.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: home

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 3 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 3 de…

há % dias

Portugal é o sétimo país europeu mais atrativo para investir em hotelaria

O estudo ‘2024 European Hotel Investor Intentions Survey’, levado a cabo pela CBRE, concluiu ainda…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

3 de maio, nasce Maquiavel, que combate a ética cristã

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, Itália, a 3 de maio de 1469. Historiador, poeta, diplomata…

há % dias

2 de maio, morre Leonardo da Vinci, o maior génio da História

Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…

há % dias

Ciberataques ao setor financeiro aumentaram 53% devido ao aumento dos serviços bancários online

O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…

há % dias