Um tribunal da Turquia condenou hoje seis jornalistas e um outro trabalhador de um jornal independente, acusados de ligações ao grupo que Ancara acusa de orquestrar o golpe falhado de julho de 2016, noticiou a agência estatal turca.
Os seis jornalistas do diário Sözcü, entre os quais o diretor do jornal, Metin Yilmaz, foram condenados a penas de prisão de dois anos e um mês a três anos e seis meses, segundo a Anadolu.
Um jornalista foi ilibado.
Os sete arguidos foram acusados de apoiar o golpe através das notícias que publicaram no Sözcü, um jornal nacionalista e laico, crítico do governo do Presidente Recep Tayyip Erdogan.
Um dos artigos em causa foi publicado no dia da tentativa de golpe e nele constava a morada do local onde Erdogan estava a passar férias, na costa do Mar Egeu.
Os sete negaram as acusações e manifestaram intenção de recorrer.
A Turquia acusa o movimento fundado por Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos, de fomentar a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016, o que Gulen nega.
Depois da China, a Turquia é o país onde mais jornalistas estão detidos, segundo o Comité de Proteção dos Jornalistas.
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas da Turquia, pelo menos 108 jornalistas ou trabalhadores do setor dos ‘media’ estão atualmente na prisão.
Na lista da organização Repórteres Sem Fronteiras de 2019 sobre liberdade de imprensa no mundo, a Turquia ocupa o 157.º lugar entre 180 países.
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