O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, condenou hoje o reconhecimento da soberania israelita sobre os Montes Golã pelos Estados Unidos.
“Os Estados Unidos voltaram a desrespeitar a lei internacional. Contudo, essa decisão nunca legitimará a ocupação israelita. Pelo contrário, aumentará as tensões na região ao dificultar os esforços para alcançar a paz no Médio Oriente”, indicou o chefe da diplomacia turca na sua conta da rede social Twitter.
Em declarações à agência de notícias turca Anadolu, Mevlut Cavusoglu referiu ainda que a Turquia não aceita “a decisão dos Estados Unidos de ignorar o direito internacional”.
Também o porta-voz da Presidência turca, Ibrahim Kalin, expressou na sua conta do Twitter que “a decisão dos Estados Unidos sobre os Montes Golã, ao mesmo tempo que Israel está a bombardear Gaza, é uma nova manifestação da mentalidade bélica e oposta à paz”.
“Venha o apoio de onde quer que venha, as políticas de ocupação e de guerra são ilegítimas e desumanas”, acrescentou a mesma fonte.
O Governo russo, e o aliado sírio, também condenaram hoje o reconhecimento da soberania israelita sobre os Montes Golã pelos EUA, alertando para os riscos de instabilidade que pode criar no Médio Oriente.
O Governo russo disse que teme “uma nova onda de tensão” no Médio Oriente, depois de tomar conhecimento de que o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou hoje um decreto no qual reconhece oficialmente a soberania israelita sobre os Montes Golã.
“Infelizmente, isso pode levar a uma nova onda de tensão na região do Oriente Médio”, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, citada por agências de notícias russas.
O Governo sírio, através de uma fonte não identificada, também classificou a declaração norte-americana como uma “violação da soberania”, acrescentando que Donald Trump “não tem o direito nem a competência legal para legalizar a ocupação (dos Montes Golã) e de violar as terras de outros países pela força”.
Ao início do dia de hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, numa conversa telefónica com o seu homólogo norte-americano, Mike Pompeo, alertou os EUA para os riscos desta decisão.
“A intenção dos Estados Unidos de reconhecer a soberania de Israel sobre os Montes Golã são uma violação grosseria do direito internacional, dificultando a resolução da crise síria e agravando a situação em todo o Médio Oriente”, considerou Lavrov.
Donald Trump justificou a sua decisão com as “agressivas ações” do Irão e de grupos “terroristas” contra Israel.
O documento altera a política seguida há mais de meio século pelos Estados Unidos e contraria o consenso internacional expresso em várias resoluções das Nações Unidas.
Na quinta-feira o Presidente norte-americano tinha indicado numa mensagem na rede social Twitter que era chegado o momento de reconhecer a soberania do Estado hebreu sobre os Montes Golã, ocupados à Síria em 1967, na designada guerra dos Seis Dias, e anexados em 1981, numa decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
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