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Turistas no Algarve cresceram 9,3 por cento no primeiro semestre de 2019

De acordo com os dados, hoje divulgados pelo Turismo de Portugal, ao todo, nos primeiros seis meses do ano, visitaram a região algarvia 2,17 milhões de hóspedes, num total de 8,62 milhões de dormidas, o que representa um retorno financeiro de 431 milhões de euros.

O mercado interno contribuiu para esse crescimento com um aumento de 12,8 por cento de hóspedes (num total de 592 mil) em relação ao mesmo período de 2018 e de 11,3 por cento de dormidas (num total de 1,70 milhões).

Quanto aos turistas estrangeiros, cresceram 8 por cento em número de hóspedes (num total de 1,58 milhões) e 1,5 por cento nas dormidas (6,91 milhões de dormidas).

Contrariando os resultados dos últimos dois anos, o mercado britânico cresceu 6,8 por cento no número de hóspedes (548,6 mil) e 1,9 por cento nas dormidas (total de 2,64 milhões), lê-se na nota do Turismo de Portugal.

“Quando analisadas as dormidas, este foi aliás o principal mercado externo para o desempenho turístico da região, seguindo-se a Alemanha (com 833,7 mil dormidas) e a Holanda (com 603,3 mil dormidas)”, acrescenta.

O Turismo de Portugal destaca ainda o “contributo do mercado italiano, que verificou um aumento expressivo de 61,5 por cento no número de hóspedes (total de 32,2 mil) e de 62 por cento nas dormidas (total de 99,1 mil)”.

“Relevante foi ainda o crescimento dos mercados emergentes como o Brasil, que subiu 30,6 por cento no número de hóspedes (total de 34,3 mil) e de 34,4 por cento nas dormidas (total de 87 mil), e os Estados Unidos da América com um crescimento de 14,6 por cento no número de hóspedes (total de 42,3 mil) e de 12,4 por cento nas dormidas (total de 111,4 mil)”, indicou o comunicado.

O crescimento também foi registado no fluxo aeroportuário, com mais 6,6 por cento, num total de 2,01 milhões de passageiros desembarcados no aeroporto de Faro.

Para o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes, estas são boas notícias que “traduzem um crescimento dos proveitos superior ao da procura, bem como o empenho dos operadores públicos e privados em reforçar o Algarve como destino turístico”.

O responsável realçou o trabalho conjunto para se “conseguir manter um bom desempenho junto do mercado britânico”, não obstante a incerteza gerada pelo Brexit.

João Fernandes destacou também o esforço para conquistar um crescimento junto de importantes mercados emissores como o Brasil e os Estados Unidos, “refletindo a eficácia dos planos de diversificação de mercados que estão em curso”.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, mostrou-se mais cauteloso e disse que, apesar da “importante inversão na redução da procura do mercado britânico”, no primeiro semestre, houve uma descida “dos mercado alemão e holandês” e é preciso perceber como vão ser “os meses da época alta”.

A AHETA revelou preocupações com a chamada época alta, já que os números provisórios podem contrariar as subidas dos primeiros meses do ano.

Julho e agosto são, por excelência, os meses de turismo do Algarve e uma descida nesse período tem efeitos “muito superiores” às subidas dos primeiros meses do ano, que “não contribuem muito para os resultados finais das empresas”, advertiu o representante dos hoteleiros algarvios.

A mudança na política britânica relativamente ao Brexit também preocupa a associação hoteleira, já que uma saída sem acordo terá reflexos na relação da libra relativamente ao euro e “uma perda de competitividade na oferta algarvia”, que, a juntar a uma “tendência de descida continuada” dos mercados alemão e holandês, pode ser prejudicial ao turismo algarvio, alertou Elidérico Viegas.

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