Economia

Turismo, indústria e energia fazem do Norte região que mais cresceu em 2018

O Norte foi a região portuguesa que mais cresceu em 2018, com um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,9 por cento, impulsionado pelo turismo, indústria e energia, segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os resultados provisórios das Contas Regionais de 2018 do INE indicam que apenas a região Norte (2,9 por cento) e a Área Metropolitana de Lisboa (2,6 por cento) apresentaram “um crescimento superior” à média nacional (2,4 por cento), sendo que o Algarve teve um crescimento idêntico ao país.

Na região Centro (2,2 por cento) e na Região Autónoma dos Açores (2 por cento), o PIB registou “crescimentos mais moderados”, com o Alentejo e a Região Autónoma da Madeira a apresentarem “as variações do PIB mais baixas (1 por cento e 0,6 por cento, respetivamente)”, lê-se no documento.

Segundo o INE, os resultados finais de 2017 revelaram que as assimetrias do PIB per capita entre as 25 regiões atingem a sua expressão máxima na comparação do Alentejo Litoral (138,9) com a do Tâmega e Sousa (60,8), tal como acontecia em 2016.

Face a 2016, verificou-se “um aumento da disparidade regional neste indicador”, passando a diferença entre essas duas regiões (Alentejo Litoral e Tâmega e Sousa) de 72,1 por cento para 78,1 por cento.

De acordo com o INE, o crescimento do PIB da região Norte foi influenciado pelo desempenho do Valor Acrescentado Bruto (VAB) “do ramo da indústria e energia e pelo ramo do comércio, transportes, alojamento e restauração”.

Já a evolução menos favorável do PIB na Madeira foi influenciada “pela diminuição da atividade dos serviços de comércio localizada no Centro Internacional de Negócios da Madeira e, em menor grau, pela desaceleração da atividade turística”, com impacto no alojamento e restauração.

No caso do Alentejo, o crescimento do PIB foi influenciado negativamente pelo desempenho do VAB “da indústria e energia, especificamente, pelos ramos da indústria de fabricação de coque e de produtos petrolíferos e da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio”.

O INE recorda que, em 2017, em termos reais, todas as regiões registaram crescimentos do PIB, destacando-se o Algarve (5,4 por cento), a Madeira (5,1 por cento) e Lisboa (3,6 por cento), que apresentaram variações reais superiores ao país.

A região Norte (3,5 por cento) apresentou um crescimento idêntico ao nacional, enquanto as regiões Centro (3,1 por cento), Alentejo (3,0 por cento) e Região Autónoma dos Açores (1,7 por cento) registaram crescimentos inferiores à média nacional.

Segundo o INE, em 2017, a produtividade do trabalho, avaliada pelo quociente entre o VAB em termos reais e o emprego medido em indivíduos totais, “manteve-se inalterada para o conjunto do país, apresentando, contudo, comportamentos diferenciados a nível regional”.

Na Área Metropolitana de Lisboa (-1,3 por cento) e no Algarve (-0,2 por cento) registaram-se decréscimos de produtividade, “em resultado do aumento real do VAB inferior à variação de emprego”.

Nas restantes regiões, verificaram-se aumentos de produtividade, sendo mais expressivos na Região Autónoma da Madeira (1,0 por cento) e no Alentejo (0,9 por cento).

Considerando as regiões NUTS III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos), a região do Alentejo Litoral continua a apresentar o maior índice de produtividade (143,6 por cento) e a região do Douro o menor índice de disparidade (66,5 por cento), refere o INE.

A região Alentejo Litoral é mesmo aquela que apresenta os maiores índices do PIB per capita e da produtividade, o que “está relacionado com a localização, na zona de Sines, de atividades económicas com elevado rácio capital/trabalho”.

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