Advogado dos cinco jogadores dos dragões tentou que as imagens do túnel do Estádio da Luz não fossem consideradas prova, mas tal foi recusado pela juíza. Todos os cinco vão responder por ofensas à integridade física de dois ‘stewards’.

O Benfica-FC Porto de 20 de dezembro de 2009 ainda dá que falar. Esta quarta-feira, 2 de maio, ficou a conhecer-se o progresso do famoso caso do túnel da Luz. Recorde-se que a polémica surgiu após a divulgação de imagens onde aparecem jogadores do FC Porto a agredir ‘stewards’, após o apito final do clássico, que terminou com a vitória dos encarnados por 1-0.

Assim, Hulk, Helton, Sapunaru, Cristian Rodríguez e Fucile vão ser julgados pelo crime de agressão. No caso do lateral romeno, a acusação é de dois crimes.

O processo está a ser liderado pela juíza Cláudia Pina, que tornou pública a decisão esta terça-feira, mais de dois anos depois dos incidentes ocorridos no túnel de acesso aos balneários do Estádio da Luz.

Na verdade, esta decisão poderia trazer repercussões mais graves para os atletas, visto que foi colocada de parte o julgamento por crime qualificado. Para tal, Cláudia Pina entendeu como atenuante o facto dos cinco jogadores estarem de ‘cabeça quente’ após a derrota.

O advogado de defesa dos jogadores do FC Porto tentou também que os dois stewards fossem julgados por injúria, mas ambos não terão de responder em tribunal por qualquer crime.

As imagens captadas pelas câmaras de videovigilância do Estádio da Luz foram prova fulcral na acusação, pese embora a defesa tenha tentado excluir as mesmas do caso.

De referir que, entre os cinco, apenas Fucile não joga atualmente em Portugal. O uruguaio está emprestado pelos dragões ao Santos, formação brasileira.

Recorde-se que na altura Hulk e Sapunaru foram suspensos de toda a atividade desportiva, por quatro e seis meses, respetivamente. À posterior, o Conselho de Justiça da FPF viria a reduzir o castigo de Hulk para apenas três jogos e o de Sapunaru para quatro.