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Túmulo de José incendiado: Palestinianos são os suspeitos

O Túmulo de José, venerado pelos judeus, foi incendiado durante a noite. O exército de Israel acusa os “grupos palestinianos” de estarem na origem do incidente, embora realce que também foram forças palestinianas quem “extinguiu as chamas e dispersou os incendiários”.

O Túmulo de José, na cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia, foi incendiado durante a noite por “grupos palestinianos”, de acordo com um comunicado emitido pelo exército israelita.

Ao local, venerado pelos judeus (e também por cristãos e muçulmanos), acorreram de imediato outros palestinianos para apagar as chamas, de acordo com o mesmo texto.

“Ao longo da noite, dezenas de palestinianos atearam fogo ao Túmulo de José, em Nablus. Forças palestinianas chegaram ao local, extinguiram as chamas e dispersaram os incendiários”, indicou Israel, adiantando que o exército “fará as reparações necessárias para permitir aos fiéis visitarem o lugar sagrado”.

Segundo Israel, “a queima e a profanação do Túmulo de José, esta noite, é uma flagrante violação e uma contradição do valor básico da liberdade de culto”.

“As Forças de Defesa de Israel tomarão todas as medidas para levar os autores deste depreciável ato à Justiça, restaurar o lugar para que volte à sua condição prévia e garantir que a liberdade de culto é restabelecida”, acrescentou o porta-voz do exército israelita.

As forças militares de Israel retiraram da região em setembro de 2000, pela mesma altura em que começou a segunda Intifada, ficando o controlo da cidade de Nablus a cargo da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP).

Os Acordos de Oslo, de 1993, definiram as várias zonas onde o controlo administrativo e de segurança é da ANP, sendo que o mausoléu se encontra na ‘zona A’.

Porém, face ao grande afluxo de judeus para orar no cenotáfio do patriarca, mencionado no Antigo Testamento, as funções de segurança são partilhadas com o exército israelita, o que tem reforçado o sentimento, por parte dos palestinianos, de tal veneração ser uma provocação.

O Haaretz refere que centenas de jovens palestinianos lançaram ‘cocktails molotov’ contra o túmulo, junto do qual haviam colocado materiais inflamáveis.

O incidente ocorreu ao início da ‘sexta-feira da revolta’, convocada por grupos palestinianos para que a população “se manifeste e crie distúrbios” nos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

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