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Tufão obriga a deslocar quase 500 mil pessoas na província chinesa de Guangdong

Quase meio milhão de pessoas foram deslocadas de sete cidades da província chinesa de Guangdong devido ao tufão Mangkhut, que está a atingir Macau e que já causou pelo menos 28 mortos nas Filipinas e um em Taiwan.

Um dos primeiros territórios a sofrer o impacto do tufão foi as Filipinas.

O diretor-geral da Polícia Nacional das Filipinas, Oscar Albayalde, disse à agência de notícias Associated Press que 20 pessoas morreram na região montanhosa de Cordillera, quatro na vizinha província de New Vizcaya e outra fora das duas regiões.

Mais três mortes foram registadas no nordeste da província de Cagayan, onde o tufão atingiu o país antes do amanhecer de sábado.

Entre os mortos estão uma criança de dois anos que morreu com os seus pais depois de o casal se ter recusado a abandonar imediatamente a sua comunidade na cidade de Nueva Vizcaya, disse Francis Tolentino, um assessor do Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.

Tolentino, que foi designado por Duterte para ajudar a coordenar a resposta a desastres, disse que pelo menos outras duas pessoas estavam desaparecidas.

Com o tufão a aproximar-se da costa chinesa, uma das preocupações está localizada também em Guangdong, já que duas centrais nucleares estão na trajetória projetada do Mangkhut.

Contudo, a central Nuclear de Taishan e a Central Nuclear de Yangjiang, ambas naquela província, informaram estarem preparadas para enfrentar o tufão, noticiou hoje o South China Morning Post (SCMP).

A central de Taishan deu nota, numa publicação na rede social WeChat (o Facebook chinês), que as autoridades discutiram a melhor forma de lidar com a tempestade que se aproximava e que trabalhadores especializados conduziram investigações de segurança.

Na última conferência de imprensa, as autoridades de Macau disseram ter criado um mecanismo de troca de informações sobre a situação nas centrais com as autoridades de Guangdong.

Centenas de voos foram cancelados e todos os serviços ferroviários de alta velocidade e alguns normais nas províncias de Guangdong e Hainan também foram interrompidos no domingo, informou a China Railway Guangzhou Group Co..

Na província de Fujian, dezenas de milhares de barcos de pesca regressaram ao porto e as obras de construção pararam.

A cidade de Shenzhen também cancelou todos os voos entre domingo e segunda-feira de manhã.

A Hainan Airlines cancelou 234 voos nas cidades de Haikou, Sanya, Guangzhou, Shenzhen e Zhuhai, programados para este fim de semana.

Já em Hong Kong, perto de 900 voos foram adiados ou cancelados. De acordo com o South China Morning Post, pelo menos 543 voos programados para hoje foram cancelados, afetando cerca de 96 mil passageiros.

No total, as autoridades do aeroporto internacional de Hong Kong dão conta de 889 voos adiados ou cancelados devido à proximidade deste tufão, considerado o maior do ano, indicou o mesmo jornal.

Em Macau, 160 voos foram cancelados e 14 tiveram de ser adiados, segundo as últimas informações do aeroporto.

O Observatório de Hong Kong e os Serviços Meteorológicos de Macau (SMG) emitiram hoje o sinal 10 de tempestade tropical, o máximo no nível de alerta, ambos prevendo fortes chuvas, inundações e rajadas de vento nas próximas horas.

Em Macau, o alerta vermelho de “storm surge” (maré de tempestade) continua em vigor e a subida do nível da água pode atingir os 2,5 metros, indicaram os SMG.

Perto de seis mil pessoas já foram retiradas das suas casas, no seguimento do plano de evacuação das zonas baixas da cidade, efetuado a partir das 21:00 de sábado.

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