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Tsipras perde ministro no primeiro dia do novo Governo grego

Dimitris Kammenos foi ministro dos Transportes da Grécia por… horas. No mesmo dia da tomada de posse do novo Governo de Tsipras, o líder do ANEL apresentou a demissão. Crítico do “holocausto económico”, Kammenos tornou-se famoso pelos comentários antisemitas e homofóbicos.

O líder do Syriza, Alexis Tsipras, já formou o novo Governo da Grécia, mas apenas de esperar algumas horas para executar a primeira remodelação.

Dimitris Kammenos, um dos altos dirigentes dos Gregos Independentes (ANEL), apresentou a demissão poucas horas após ter sido empossado ministro dos Transportes.

O capitão na reserva tornou-se famoso por criticar o “holocausto económico” em que a Grécia vive, tendo mesmo utilizado uma montagem que recorria à imagem da entrada do campo de Auschwitz e da inesquecível expressão ‘Arbeit macht Frei’ (‘o trabalho liberta’, a expressão com que os nazis ‘recebiam’ os condenados ao campo da morte).

Nessa montagem, a expressão nazi fora substituída pelo mote dos próeuropeus gregos, “Ficamos na Europa”. “Talvez a comparação tenha sido infeliz, mas o meu país está a viver um holocausto económico”, argumentou Dimitris Kammenos.

Os comentários antisemitas fazem parte da carreira política do agora ex-ministro dos Transportes. Ainda há dois anos, Dimitris Kammenos recuperou a teoria da conspiração que culpa os judeus pelo 11 de setembro, alegando que os 2500 funcionários judeus do World Trade Center faltaram ao trabalho no dia do atentado.

A estes comentários acrescem as piadas homofóbicas, como a classificação de “patética” com que Dimitris Kammenos se referiu à última parada gay em Atenas, em junho.

Ao apresentar a demissão, em comunicado, o recém-empossado ministro condenou “o racismo, a homofobia e o antissemitismo”, alegando que foi vítima de pirataria informática e ameaçando processar quem assumiu as suas contas nas redes sociais.

Dimistris não tem relação familiar com Panos Kammenos, o líder do ANEL que foi novamente convidado por Alexis Tsipras a assumir o Ministério da Defesa, que já ocupava na anterior coligação com o Syriza.

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