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Trump ordena ao FBI divulgação de informação classificada sobre interferência russa nas eleições

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou na segunda-feira à Polícia Federal (FBI) e aos serviços de informações que divulguem a informação classificada sobre a investigação à alegada interferência eleitoral russa.

De acordo com um comunicado da porta-voz presidencial Sarah Huckabee Sanders, Trump ordenou ao Departamento de Justiça – incluindo o FBI – e ao diretor das Informações Nacionais que desclassifiquem diversos documentos relacionados com as investigações, entre eles as mensagens de texto de pessoas que estão implicadas na alegada interferência eleitoral russa.

Entre elas está o ex-diretor do FBI despedido por Trump em maio de 2017, James Comey, que foi o seu número dois e posteriormente diretor interino, Andrew McCabe, e também o ex-agente do FBI Peter Strzok, que foi destituído em agosto passado, meses depois de ter sido conhecido que tinha trocado mensagens com a sua amante e companheira de trabalho, Lisa Page, sobre os seus esforços para travar Trump na campanha presidencial.

Page é, precisamente, outra das pessoas que surge na lista divulgada na segunda-feira pela Casa Branca, na qual também está Bruce Ohr, um empregado do Departamento de Justiça que começou a ser criticado pelo Presidente depois de tornar públicas as ligações a um caso cheio de detalhes sórdidos sobre Trump.

Além disso, o Presidente também ordenou a “imediata desclassificação” de outros documentos.

Entre eles, 21 páginas sobre uma ordem de Comey de junho de 2017, com base na lei de controlo de pessoas e instituições estrangeiras nos Estados Unidos, para poder controlar as comunicações do assessor da campanha eleitoral de Trump em 2016, Carter Page.

Outra das informações são os relatórios do FBI sobre as entrevistas com Bruce Ohr em março acerca da investigação da alegada interferência eleitoral russa.

A porta-voz da Casa Branca, justificou a medida tomada na segunda-feira devido aos pedidos que receberam das comissões, embora não tenha precisado nem o número nem a que se reportavam.

A Rússia é acusada pelos serviços secretos norte-americanos de ingerência durante a eleição presidencial de 2016, que deu o poder a Donald Trump.

A suposta ingerência é alvo de uma investigação nos Estados Unidos, que o presidente Trump classifica de “caça às bruxas”.

As autoridades russas têm rejeitado firmemente as acusações.

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