O TGV foi travado pela troika. O responsável pelo Banco Central Europeu, Rasmus Rüffer, considera que o projeto “carece de estudos” que analisem “custos e benefícios”. Por outro lado, refere este representante da troika, “o essencial é reduzir o défice e a dívida externa”.
Rasmus Rüffer coloca um travão no projeto do TGV, considerando que o país enfrenta grandes dificuldades e não pode inverter a ordem de prioridades. Na conferência de imprensa que juntou Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia, Rüffer mostrou-se “cético”, relativamente à alta velocidade.
“O projeto do TGV implica parcerias público-privadas. Se analisarem bem o programa, reparação que estamos céticos em relação essas parcerias”, afirmou o responsável pelo Banco Central Europeu, confrontado com a possibilidade de o projeto poder parar.
Rasmus Rüffer lembrou que a troika pretende que “as parcerias entre Estado e empresas termine”. No entanto, este não é o único bloqueio ao TGV. Há necessidade de um “estudo aprofundado que avalie os custos e benefícios do projeto”.
Outro fator que implica uma reavaliação da alta velocidade está relacionado com as prioridades de Portugal. “O essencial é reduzir o défice. Por outro lado, a dívida externa tem de ficar num nível sustentável”, sustentou Rasmus Rüffer, apontando esse caminho como fulcral.
A troika explicou ao país o plano da ajuda externa a Portugal, que prevê um empréstimo de 78 mil milhoes de euros. Jürgen Krögrer, o responsável da Comissão Europeia, Poul Thomsen representante do FMI, e Rasmus Rüffer, do Banco Central Europeu, levantaram o véu sobre as medidas de austeridade necessárias para Portugal se reerguer.
O programa de apoio é duro, mas equilibrado. Tempos difíceis aguardam os portugueses, talvez mais difíceis do que se possa esperar. Urge um entendimento entre os partidos políticos – os que governam e os que são oposição. São três das ideias base do plano de resgate negociado pela troika.
