Categorias: Economia

Troika já percebeu o que Gaspar afirma: “Meta do défice será claramente difícil”

O encontro do Eurogrupo, que contou com a presença do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, avaliou o novo cenário macroeconómico na União Europeia e, de acordo com o ministro português, vai permitir que o processo de ajustamento seja mais brando. “As metas do défice são claramente difíceis”, revela Gaspar.

“O que está em causa nesta reunião do Eurogrupo é olhar para o processo de ajustamento português e procurar facilitá-lo”, realçou Vítor Gaspar, depois de terminada a reunião, já na madrugada desta terça-feira.

Neste encontro, confirmaram-se as notícias de ontem, que davam conta de uma dilatação do prazo (mais um ano) para que Espanha atinja três por cento de défice. Os espanhóis apenas terão de atingir esse objetivo em 2014.

Relativamente a Portugal, o Eurogrupo solicitou à troika “que trabalhe em conjunto com as autoridades portuguesas durante o quinto exame regular do programa”, de forma a que o processo de ajustamento “continue a decorrer de forma bem sucedida”. Essa avaliação está prevista para agosto.

Os ministros das Finanças da Zona Euro pretendem aumentar a sustentabilidade das economias em maior dificuldade e evitar que a solução se transforme num problema.

Numa declaração sobre Portugal, o Eurogrupo aborda expressões como “favorecer o processo de ajustamento”, o que, segundo o ministro Vítor Gaspar, “quer dizer que pode fazer-se progresso adicional”, no sentido “facilitar” a missão de Portugal em atingir as metas.

E Vítor Gaspar assumiu que será “claramente muito difícil” a Portugal atingir os compromissos de 4,5 por cento de défice. “Esse assunto não foi especificamente discutido neste Eurogrupo”, realça Gaspar, mas a verdade é que essas metas deverão ser revistas.

Os ministros das Finanças dos 27 países da União Europeia concederam mais um ano a Espanha para cumprimento do défice. Face à gravidade da recessão espanhola e ao tempo que o país precisa para se reajustar, esta medida era expectável.

Depois do pacote de ajuda aos bancos espanhóis, Bruxelas volta a dar sinais de que tem consciência das dificuldades dos países em recuperar desta crise e de que o cenário macroeconómico mudou.

E a abertura de Bruxelas revelada no caso de Espanha foi o primeiro passo para que Portugal, não cumprindo o défice, não seja olhado com descrédito por parte dos mercados.

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