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Troca de prisioneiros é “passo decisivo” na retoma do diálogo Rússia/Ucrânia

O Presidente da França saudou hoje a libertação do cineasta ucraniano Oleg Sentsov no âmbito da troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, considerando-a um “passo decisivo” na retoma do diálogo entre os dois países.

“É um passo decisivo na retoma de um diálogo construtivo que deve ser continuado nas próximas semanas”, disse Emmanuel Macron em comunicado, depois de ter já congratulado com a libertação do cineasta com uma publicação na sua conta na rede social Twitter.

“Estivemos sempre ao seu lado”, escreveu Macron.

Moscovo e Kiev realizaram hoje uma troca sem precedentes de 70 prisioneiros, entre os quais o cineasta ucraniano Oleg Sentsov, cuja libertação era exigida pela comunidade internacional, e 24 militares capturados pela Rússia em navios ao largo da Crimeia em novembro de 2018, durante o mais grave confronto direto entre os dois países.

“A França, com a Alemanha, intensificará os seus esforços para que novos avanços possam ser alcançados e para a concretização política do Acordo de Minsk”, prosseguiu o Eliseu.

O mais conhecido dos prisioneiros trocados, Oleg Sentsov, 43 anos, foi capturado em 2014 na Crimeia depois de ter protestado contra a anexação pela Rússia da península ucraniana. Foi condenado a 20 anos num campo na região russa do Ártico acusado de preparação de ataques terroristas.

Em 2018, cumpriu 145 dias de greve de fome fortemente mediatizada que lhe granjeou apoio da comunidade internacional.

O processo de troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, hoje posto em marcha, envolveu 70 pessoas, segundo indicou fonte governamental da Ucrânia.

Citada pela AFP, a mesma fonte indicou que 35 pessoas de cada uma das partes integram esta troca de prisioneiros que era aguardada pela Ucrânia.

Dois autocarros foram vistos a sair hoje da prisão de alta segurança de Lefortovo, em Moscovo, marcando o início desta troca de prisioneiros entre os dois países. As imagens foram transmitidas em direto pela televisão estatal russa.

O conflito entre os dois países intensificou-se em 2014, quando a Rússia anexou a península da Crimeia. Desde então, dezenas de ucranianos e de russos foram detidos por acusações de traição ou de incitamento ao separatismo.

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