Mundo

Trinta e três palestinianos feridos durante protestos na fronteira com Israel

As autoridades de saúde da Palestina disseram que 33 palestinianos ficaram feridos durante os protestos que estão a ocorrer hoje na fronteira entre Gaza e Israel.

O Ministério da Saúde de Gaza referiu que dez pessoas sofreram ferimentos causados por tiros disparados pelas tropas israelitas, que também dispararam gás lacrimogéneo quando dezenas de manifestantes se aproximaram da cerca que separa os dois territórios.

O exército de Israel informou que cerca de 30.000 palestinianos estão concentrados ao longo da cerca que separa o território israelita de Gaza, num protesto que marca um ano de manifestações semanais consecutivas neste local.

O exército disse que estava a responder com “meios de dispersão de distúrbios e disparando de acordo com os procedimentos operacionais padrão”.

Os militares israelitas afirmaram que os manifestantes atiraram pedras e artefactos explosivos contra a cerca e colocaram fogo em pneus, acrescentando que a maioria dos manifestantes permaneceu em acampamentos longe da linha da fronteira.

As autoridades de Gaza, ligadas ao grupo Hamas, estão a tentar conter os manifestantes.

O Hamas espera acalmar as manifestações com o objetivo de permitir a implementação de um acordo mediado pelo Egito com Israel para aliviar o bloqueio económico imposto à Faixa de Gaza desde 2007.

Também hoje, o Ministério da Saúde de Gaza informou que um homem palestiniano foi morto a tiro pelas tropas israelitas próximo da cerca.

Os protestos iniciados em 30 de março de 2018 são oficialmente organizados pela sociedade civil, mas contam com o apoio do movimento radical palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Os palestinianos exigem o direito a regressar às terras que abandonaram ou de onde foram expulsos aquando da criação do Estado de Israel em 1948 e contestam o rígido bloqueio israelita ao enclave com mais de 10 anos.

Pelo menos 258 palestinianos foram mortos por tiros israelitas no último ano, a grande maioria durante as manifestações junto à barreira de segurança, nas quais milhares participam semana após semana.

Em destaque

Subir