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Tribunal recusa pedido dos pais e autoriza médicos a deixarem bebé com doença rara morrer

Está a chegar ao fim o caso de Charlie Gard… e a vida deste bebé. O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) recusa analisar o recurso, como era vontade dos pais, e acaba por validar o desejo dos médicos: que a criança, com uma doença genética rara e incurável, possa ter o direito a morrer com dignidade.

O TEDH, última esperança de Connie Yates e Chris Gard depois de perdida a luta na justiça britânica, tinha agendado para hoje uma decisão sobre a decisão: era hoje que os juízes anunciavam se iam analisar o recurso, como pediam os pais, ou se os médicos do Great Ormond Street Hospital for Children podiam desligar os aparelhos que mantêm Charlie Gard ligado à vida.

E os juízes decidiram… que não querem decidir. O TEDH entende que não se deve pronunciar sobre o caso do bebé que os pais querem manter vivo apesar dos médicos garantirem que não terá hipótese de sobreviver.

Charlie Gard, agora com 10 meses, sofre de síndrome de depleção mitocondrial, uma doença genética extremamente rara (há apenas 16 casos conhecidos) e incurável.

O bebé, garantem os médicos, não vê, não ouve, não engole, não chora e nem sequer se consegue mexer.

Os pais tinham recorrido ao TEDH, depois de perderem o caso nos tribunais britânicos, para poderem levar o menino para os EUA, onde um médico desenvolve um tratamento experimental de 1,1 milhões de euros que (garantem Connie Yates e Chris Gard) pode curar o pequeno Charlie.

Na análise em primeira instância, confirmada depois por três tribunais de apelo e pelo Supremo britânico, o juiz Nicholas Francis deu razão aos médicos, validando o direito à morte com dignidade de um bebé com uma doença rara, incurável e terminal.

Reveja o vídeo de sensibilização divulgado em março, antes do início do confronto judicial entre médicos e pais:

http://playbuffer.com/watch_video.php?v=9D9BM14ON4SU

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