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Tribunal decide a favor de ator Geoffrey Rush em caso de acusação de assédio sexual

O ator Geoffrey Rush viu hoje o tribunal decidir a seu favor no caso que o opunha a um jornal australiano que publicou relatos em que era acusado de ter tido comportamentos inapropriados em relação a uma atriz.

O ator de 67 anos processou o editor e jornalista do The Daily Telegraph Jonathon Moran, por duas histórias e um cartaz publicados no final de 2017.

O juiz do Tribunal Federal da Austrália Michael Wigney considerou que Rush tinha sido difamado, concedendo um pagamento inicial de 850.000 dólares australianos em danos. Os advogados voltarão a tribunal a 10 de maio, quando o juiz determinar os danos por perdas e custos económicos.

O advogado de Geoffrey Rush, Bill McClintock, afirmou durante o julgamento que o ator podia nunca mais voltar a trabalhar por causa das publicações do jornal.

Fora do tribunal, Rush agradeceu à família pelo apoio, dizendo aos jornalistas presentes que “tem sido extremamente angustiante para todos os envolvidos”.

O ator argumentou ainda que o jornal em questão, que utilizou o título “King Leer”, o retratou como um pervertido e predador sexual.

Michael Wigney criticou a reportagem do jornal: “Esta foi, em todos os sentidos, uma peça irresponsável de jornalismo sensacionalista do pior tipo”.

Os relatos consistiam em alegações de comportamento impróprio em relação à sua coprotagonista, Eryn Jean Norvill, durante a produção de “King Lear”, na Companhia de Teatro de Sydney, em 2015 e 2016.

Eryn Jean Norvill, que interpretou a filha de Lear, Cordelia, na produção, não falou com o The Daily Telegraph antes de os artigos serem publicados, mas concordou em testemunhar a favor do jornal no julgamento.

A atriz de 34 anos testemunhou que, enquanto fingia estar morta durante a peça, Rush acariciou a parte lateral do seu peito direito e a anca com a mão.

Rush negou as alegações de que tocou deliberadamente no peito de Norvill, nas suas costas ou debaixo da camisa enquanto ambos estavam nos bastidores e que lhe fez gestos ou comentários obscenos.

O juiz Michael Wigney disse que não considerou as provas de Eryn Jean Norvill “credíveis ou fiáveis”, tendo aceitado o testemunho de Rush.

O diretor do Daily Telegraph, Ben English, afirmou que estavam agora a analisar o julgamento.

“Estamos desapontados com as conclusões do juiz Wigney, em particular com a sua rejeição da prova de Eryn Jean Norvill. […] Discordamos das suas críticas e ela tem todo o nosso apoio”, disse, num comunicado.

Já em 2010, a atriz da série “Orange Is the New Black” Yael Stone acusou Rush, em declarações ao The New York Times, de comportamentos sexualmente inapropriados, durante a peça “The Diary of a Madman”.

Em declarações sobre o caso, Geoffrey Rush disse que as alegações estavam “incorretas e, em alguns casos, foram retiradas completamente fora do contexto”.

Lusa

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