Economia

Tribunal de Contas português vai formar auditores para Angola

O Tribunal de Contas português manifestou hoje disponibilidade para aprofundar a cooperação com a instituição congénere de Angola, nomeadamente no domínio da formação e desenvolvimento de capacidades dos auditores angolanos.

A mensagem do juiz presidente, Victor Caldeira, em suporte audiovisual, foi apresentada hoje em Luanda, por ocasião da cerimónia de encerramento do curso de pós-graduação em Finanças Públicas, que durante oito meses formou 64 auditores angolanos.

Na mensagem, o presidente do Tribunal de Contas português augurou um futuro de solidificação no aprofundamento das relações institucionais.

“Aprofundar este processo de formação, de partilha, de desenvolvimento com as instituições dos nossos países. Sublinhar aqui a nossa disposição em aprofundar a cooperação com o Tribunal de Contas de Angola, naquilo que diz respeito ao desenvolvimento e superação dos seus auditores”, salientou o juiz.

O curso foi uma iniciativa do Tribunal de Contas de Angola, em parceria com o Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-UIL) e o Tribunal de Contas de Portugal, financiado pela União Europeia e ainda apoiado pelo Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola.

“Gostaria de confirmar hoje a inteira disponibilidade do Tribunal de Contas de Portugal de continuar a contribuir para o desenvolvimento desse tipo de formação, em associação com o ISCTE-UIL”, acrescentou.

Por sua vez, o coordenador do curso, João António de Salis Gomes, sublinhou que o mesmo constituiu “uma experiência pedagógica que, sendo bem sucedida, do ponto de vista da metodologia e do conteúdo adotado, trouxe a todos os que nela intervieram profunda satisfação pelo que foi conseguido”.

“Mas também talvez sobretudo a vontade de continuar a trabalhar em conjunto um outro fundamento de saberes e práticas”, referiu.

Foi assinado na ocasião um protocolo de cooperação entre o Tribunal de Contas de Angola e o Instituto Universitário de Lisboa para continuação dos cursos de pós-graduação e de mestrado para técnicos angolanos.

Discursando na cerimónia, que teve lugar no Palácio da Justiça, em Luanda, a Vice-Reitora do ISCTE-UIL, Maria das Dores Horta Guerreiro, considerou que o protocolo rubricado “vem dar sequência ao que se pode considerar um processo de cooperação exemplar a todos os níveis”.

“Desde logo no modo como as partes envolvidas souberam definir com rigor os termos em que os saberes e competências de uma instituição universitária, como o ISCTE-UIL, poderíamos ser úteis na formação de quadros do Tribunal de Contas de Angola”, sustentou.

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