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Três milhões não chegaram para comprar o Project One

Tido como o programa mais invulgar da indústria automóvel da última década, o Project One da Mercedes-Benz não pára de espantar, quer pelos seus contornos, quer pelas verbas exorbitantes envolvidas.

O hiperdesportivo da marca de Estugarda promete ser o mais exclusivo dos últimos anos, ainda que um dos exemplares já tenha ‘dono’ em Portugal, que segundo a Sociedade Comercial C. Santos – responsável pelo negócio – continue a manter num grande mistério vários contornos do mesmo.

Sabe-se que quem adquiriu o exemplar que vem para o nosso país começou por abordar a Mercedes de uma forma discreta numa quinta privada dos arredores de Genebra (Suíça). Depois não pôde comparecer no encontro de telemóvel e relógio, o que diz bem do secretismo de que se revestiu todo o negócio.

Sabe-se que o Project One tem a mesma tecnologia do Mercedes W08 que se sagrou Campeão do Mundo de Fórmula 1 em 2017, e isso pode explicar o facto da marca da estrela não querer correr riscos de espionagem industrial.

Rui Sampaio, da C. Santos, acompanhou sempre o comprador em todo o processo, sendo que o mesmo também desejava tanto secretismo, pois também ele é apologista da discrição, não se importando com o facto de só poder guiar o seu exemplar na estrada lá para 2019.

Mas o que faz alguém comprar um automóvel de três milhões de euros, esperar pelo menos um ano para o poder guiar e ter de se submeter a um rigoroso processo de seleção para o adquirir? Paixão, provavelmente. Para Rui Sampaio, que tem uma experiência profissional de 15 anos, foi algo de novo. Nunca imaginou que pudesse um dia estar envolvido num negócio tão especial como é também o Project One.

“A estrela é o carro. O felizardo é o cliente. O facto de ter sido a Sociedade Comercial C. Santos, o único concessionário nacional a vender um hipercarro deste calibre, é motivo de orgulho e claro que fica na história da empresa. Mas isso não aconteceu por acaso. Foi a nossa ligação e os laços especiais que criamos com os clientes, que vão muito mais além do que uma simples venda ou de um trabalho de uma assistência técnica especializada e que passam por integrá-los nos eventos e ações que organizamos ao longo do ano, que acaba por fazer a diferença em alturas-chave como esta da aquisição do Project One. Foi a relação de proximidade que criamos com este cliente, que permitiu, indiretamente, que ele conseguisse adquirir algo que suplanta o seu poder económico”, esclarece o comercial da C. Santos.

Entre a lista de requisitos também o facto de Portugal ter apenas direito a um exemplar de um hiperdesportivo que comemora os 50 anos da AMG – o braço desportivo da Mercedes -Benz, e do processo de seleção demorar meio ano, onde não apenas contou ter uma carteira recheada mas também o perfil que interessava à marca. Assim, só em agosto veio a resposta de que um português teria mesmo direito a um Project One, com a certeza também de ser o único proprietário do modelo no nosso país.

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