Três jovens timorenses venceram hoje a 6.ª edição dos Prémio de Língua Portuguesa, concedidos pela Fundação Oriente, em Díli, com textos inspirados numa frase da obra do escritor timorense Luís Cardoso.
A frase “só se cansa do mar, quem do mar só vê água”, da obra “Crónica de uma Travessia”, foi o mote para o concurso, que contou com 26 obras candidatas, de entre as quais um júri luso-timorense escolheu os vencedores.
Emanuel Viana, Laura Pereira e Alfionita dos Santos foram os três jovens com trabalhos mais bem classificados.
Os três premiados vão deslocar-se a Portugal, nos próximos meses, onde terão a oportunidade de participar num Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Coimbra.
Nas três posições seguintes ficaram Gerson Araújo, Irene Leão e Antonio Ximenes, que vão poder usufruir de um curso avançado de língua portuguesa, na Fundação Oriente, a partir de julho, para poderem assim melhorar as suas capacidades linguísticas.
Na edição deste ano, apresentaram-se a concurso 26 trabalhos, explicou a delegada da Fundação Oriente, Sónia Fonseca.
Desde a primeira edição do concurso, em 2013, um total de doze jovens timorenses já foram enviados, inicialmente para Macau e depois para Portugal, para participarem em cursos de aperfeiçoamento dos seus conhecimentos de português.
Intervindo na cerimónia de anúncio dos vencedores, a ministra timorense da Educação, Juventude e Desporto, Dulce Soares, saudou a iniciativa, por incentivar “o uso da língua portuguesa no ambiente literário, promovendo a produção literária e, consequentemente, a leitura”.
“Só podemos enaltecer esta atividade. Agradeço aos jovens que participaram, e deixo incentivo para que, no próximo ano, [haja] ainda mais jovens a participar”, afirmou.
José Pedro Machado Vieira, embaixador de Portugal em Timor-Leste, saudou os participantes no concurso literário, que permite a jovens “o desenvolvimento das suas competências linguísticas e comunicativas na língua portuguesa”.
O diplomata relembrou que a língua é um veículo de cultura, formação e acesso ao conhecimento científico e técnico, pelo que “é fundamental apoiar a sua consolidação”, aspeto a que não tem sido alheia a cooperação portuguesa com Timor-Leste.