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Trégua em Gaza: Hamas celebra “vitória” com o cessar-fogo, Israel pede o fim das “provocações”

gaza pazA trégua na Faixa de Gaza parece ser mesmo real: o Hamas canta “vitória” com o cessar-fogo e Israel apenas adverte os palestinianos para não recomeçarem as “provocações”. Aguentará a paz até dia 29, quando a ONU volta a debater o Estado da Palestina?

Ao fim de várias semanas de confrontos armados, a paz regressou hoje à Faixa de Gaza. O primeiro-ministro de Gaza e líder do Hamas, Ismail Haniyeh, cantou “vitória” pela trégua com Israel, exortando os “cidadãos a festejarem este acontecimento e a visitarem as famílias dos mártires e aos feridos”, aproveitando que hoje é feriado – um dia de descanso para celebrar, precisamente, a trégua.

Por comunicado, Ismail Haniyeh garantiu também ter recebido de Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestiniana, as felicitações “pela vitória”, tendo Abbas expresso “a simpatia para com os mártires” dos ataques israelitas, saudado “a determinação perante a agressão” e sublinhado “a importância de se ter alcançado um cessar-fogo e de se evitarem as destruições da guerra”.

A concessão de feriado trouxe milhares de palestinianos para as ruas, festejando a trégua e, ao mesmo tempo, para reabastecimentos de bens essenciais, enquanto alguns trabalhadores, sem direito a descanso, procuravam recuperar infraestruturas destruídas durante os ataques israelitas.

Israel reagiu com prudência, salientando que a manutenção da trégua depende apenas do Hamas e dos palestianianos. “Pode durar nove dias, nove semanas ou mais, mas, se isso não acontecer, sabemos o que devemos fazer e consideramos evidentemente a possibilidade de retomar as atividades em caso de disparos ou provocações”, alertou o ministro da Defesa, Ehud Barak.

Irá a paz aguentar-se até dia 29, quando a Palestina voltará a pedir, em Assembleia Geral das Nações Unidas, o estatuto de Estado observador?

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