O primeiro relatório da Comissão Europeia (CE) sobre tráfico humano, entre 2008 e 2010, revela que o fenómeno está a aumentar, na União Europeia, com as crianças e as mulheres mais vulneráveis. Há 23 mil vítimas referenciadas, mas milhares de casos não são reportados às autoridades. Paradoxalmente, há cada vez menos condenações

O aumento de casos de tráfico humano, segundo este relatório da CE, assinala-se desde o ano de 2008 e a curva ascendente, desde então, não tem alterado. Todos os 27 países da União Europeia são alvo de preocupação, sendo que os grupos mais vulneráveis são as crianças e as mulheres.

O relatório da CE aponta, por outro lado, um dado contraditório. Apesar de se assinalar um crescimento de casos de tráfico de pessoas, há cada vez menos condenações relacionadas com este crime.

Contaram-se 23 mil vítimas de tráfico humano, entre os anos de 2008 e 2010, a maioria das quais mulheres, sendo que o objetivo do crime prende-se com razões exploração sexual.

A comissária de Assuntos Internos da CE, Cecília Malmström, sustenta que estes números devem ser vistos como uma espécie de ponta do iceberg, já que a maioria de sequestros nem sequer é reportado às autoridades.

Apenas seis países da União adotaram legislação que proíbe o tráfico e facilita a intervenção das autoridades, no combate a este crime.