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Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo conhecem hoje mais um capítulo

estaleiros-vianaComo forma de pressionar a uma resolução dos Estaleiros Navais de Viana do castelo, uma delegação da comissão de trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) desloca-se, hoje, à Assembleia da República para assistir à audição parlamentar do ex-administrador e do presidente da Empordef.

Os Estaleiros Navais de Viana do castelo têm um novo capítulo que poderá ser decisivo para o futuro daquela empresa. Hoje, a partir das 14h30, na Assembleia da República, o ex-administrador e o presidente da Empordef vão ser ouvidos e uma delegação dos ENVC estará presente a fim de pressionar e alcançar uma via favorável para os trabalhadores.

“Está tudo muito nebuloso, ninguém nos diz nada, estamos praticamente parados apesar de termos trabalho para fazer. Por isso, com a nossa presença nestas audições parlamentares, queremos pressionar quem tem o poder de decidir”, explicou, à Lusa, António Barbosa, um dos quatro elementos que viajam para Lisboa.

O ex-administrador da Empordef Luís Miguel Novais vai ser ouvido esta terça-feira, dia 20, na Comissão Parlamentar de Defesa, juntamente com o presidente daquela holding pública e o administrador dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Um dos três executivos da Empordef, Luís Miguel Novais, apresentou a sua demissão a 2 de março alegando a “inércia” da administração daquela holding na tomada de decisões sobre o futuro e a gestão dos ENVC.

“Há decisões de gestão que têm de ser tomadas, independentemente da decisão final do Governo sobre a empresa. Esta inércia a que estamos a assistir desde Novembro está a levar a um esgotamento dos estaleiros”, afirmou à Lusa Luís Miguel Novais.

Na altura, Novais acrescentou que a solução final para os estaleiros de Viana “está a deslizar no tempo” e que faltam decisões, antes de tudo de gestão corrente.

“Penso que já estamos fora de prazo para decidir e sobretudo para executar. O Governo tem os seus tempos, mas nós, gestores públicos, somos pagos para tomar decisões. Quando não as tomamos, mais vale não estar a gastar o salário ao Estado, por isso fui-me embora”, disse ainda.

Na quarta-feira, a mesma comissão vai ouvir o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, num pedido conjunto de PCP e PS, igualmente para abordar a situação dos ENVC e das Forças Armadas.

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