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Trabalhadores do INEM denunciam falhas nos sistemas e trabalho baseado em horas extra

Trabalhadores do INEM alertaram hoje no parlamento para falhas no sistema informático e para uma cartografia obsoleta, que podem atrasar tempos de resposta, avisando que o trabalho do instituto só é possível com recurso a horas extraordinárias dos profissionais.

Liliana Santa, da comissão de trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), disse aos deputados que a falta de recursos humanos é “gritante e crónica”, sendo transversal a todo o tipo de profissionais que trabalha no instituto.

Além deste problema, a comissão de trabalhadores avisa que o sistema informático do INEM “está obsoleto” e tem falhas.

“A nossa cartografia não está atualizada. É necessário urgentemente atualizar a cartografia e até ao momento isso não se verificou. Andamos à espera da atualização da cartografia há muitos anos”, afirmou Liliana Santa.

A cartografia é fundamental para os trabalhadores do INEM chegarem mais rapidamente ao local de socorro.

Também o sistema informático nos centros de atendimento do INEM é lento e tem falhas, mesmo enquanto os profissionais estão em linha com chamadas de emergência.

“Temos um sistema lento. Não há material para repor. Estamos a atender e o sistema falha, ficamos com a ficha pendente. Isto tem sido reportado sistematicamente e até hoje não está resolvido. Isto acaba por complicar o acionamento de meios e tudo isso complica os tempos de chamada e os tempos de acionamento”, referiu a representante dos trabalhadores aos deputados da comissão parlamentar de Saúde.

Ainda sobre os recursos humanos, a comissão de trabalhadores refere que o trabalho do INEM é “assente na sua maioria em horas extraordinárias”, sendo que muitos dos profissionais já esgotaram e ultrapassaram o limite de 60 por cento de remuneração em horas extras, continuando ainda assim a cumprir trabalho suplementar.

Este alerta foi também deixado na comissão parlamentar pelo Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, que indicou que a carência de profissionais é notória e que “todos os dias o INEM funciona com base em trabalho suplementar”.

A comissão de trabalhadores do instituto reconhece que a maioria dos problemas do INEM se arrasta há vários anos e que é transversal a várias direções e também governos.

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