Os trabalhadores independentes, que emitem recibos verdes, vão sofrer aumentos nas contribuições mensais para a Segurança Social. O Governo decidiu subir as taxas, de 29,6 por cento para 31,7 pontos percentuais. Secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, considera que “todos devem ser chamados” a participar neste esforço de consolidação das contas públicas. Mesmo os trabalhadores precários.

As medidas de austeridade decididas no âmbito do programa de ajuda externa atingem também os trabalhadores a recibos verdes, que vão pagar mais na sua contribuição para a Segurança Social.

Este grupo de profissionais, de acordo com as decisões do Governo, anunciadas hoje, vai passar a pagar 31,7 por cento, mais 2,1 pontos percentuais do que no regime anterior (29,6 por cento).

Hélder Rosalino, secretário de Estado da Administração Pública, justificou a medida com o facto de o Governo considerar que também os trabalhadores a recibo verde têm de ser chamados a contribuir para que Portugal ultrapasse a difícil situação em que se encontra.

O esforço de consolidação das contas públicas deve, segundo Hélder Rosalino, ser feito por todos, sendo que os trabalhadores independentes – apesar da situação precária da maioria destes profissionais – não passam ao lado da austeridade.

As contribuições para a Segurança Social nos restantes trabalhadores subiram de 34,75 para 36 por cento. A partir de agora o trabalhador e a entidade patronal passam a pagar valor idêntico: 18 por cento do rendimento total.

O Governo subiu as contribuições aos trabalhadores e desceu as taxas das empresas, com o objetivo de fomentar a contratação e combater o desemprego.