Nas Notícias

“Touros sentem a bandarilha como nós sentimos a picada de um alfinete”, diz toureiro

O toureiro português Francisco Palha, que admite já ter morto na arena, falou sobre a polémica que a tauromaquia tem estado envolvida e revela que os touros “sentem a picada da bandarilha como nós sentimos a picada de um alfinete”.

Para o toureiro, trata-se de uma “afronta” que o IVA das touradas não passe para os seis por cento e apela à intervenção do Presidenta da República para que “corrija a barbaridade”.

Sobre o que sente o touro quando recebe as bandarilhas, Francisco Palha faz uma comparação.

“Acredito que sentem a picada da bandarilha como nós sentimos a picada de um alfinete”, revela, salientando que “a questão é interpretar a reação do toiro”.

“Se é bravo persegue e tenta ‘ajustar contas’ com quem lhe cravou a bandarilha. Se é manso salta, defende-se e acobarda-se.”

Nesta entrevista à revista Magg, o toureiro salientou ainda que “salvo uma ou outra exceção, não se ganha o suficiente para se chegar a ser rico.”

O jovem toureiro, de 31 anos, explica também o que faz ao entrar na arena.

“Como católico que sou, rezo quando me visto para tourear, e rezo antes de entrar na arena”, explicou, entregando-se “nas mãos de Deus”.

Toureiro admite que já matou na arena e explica a sensação

“Que se venceu uma luta. Nunca senti pena. Eu corro o risco de vida. Nós batalhamos um com o outro. Se o touro for bom, sobrevive. Se for mau, segue o ciclo normal da vida dele e morre”, explicou à revista Magg, onde também falou sobre a “ética” que para si existe na tauromaquia.

“Se o toiro se destacar pela sua nobreza e bravura tem como prémio o indulto, o perdão da vida e o regresso ao campo para poder passar o resto da sua vida, como semental (reprodutor)”, depois da lide na arena, no caso de ser ‘vencedor’ da atuação.

Francisco Palha assegura que na tauromaquia “apesar de ser um confronto, há ética e há estética, duas variáveis incontornáveis, seja no conceito de vida, seja no conceito de arte”.

Se pretender, pode ler aqui a entrevista à Magg na íntegra

Em destaque

Subir