A plataforma Animal explicou a recente ‘acalmia’ nos protestos contra as touradas. Os esforços estão concentrados nas duas petições entregues no Parlamento. “Este é um trabalho que não pode nem deve ser público, por tudo o que implica”, justificam os responsáveis da plataforma.

A Animal não se vai fazer representar nos próximos protestos e manifestações contra os espectáculos tauromáquicos.

Em comunicado, a plataforma justificou a necessidade de centrar os esforços nas duas petições que estão a ser analisadas pelo Parlamento, uma a exigir a proibição total das subvenções públicas (diretas ou indiretas) à atividade tauromáquica e outra para proibir os menores de participarem em tais atividades, quer como espectadores, quer como parte integrante do evento.

“Serve esta nossa comunicação para vos explicar que, devido ao importante trabalho político que estamos a fazer (que sempre fazemos, mas que no presente se prende com estas duas potenciais mudanças sociais e fortes ‘pancadas’ na tauromaquia), não estaremos nas ruas a fazer protestos a respeito. Temos que concentrar todo o nosso esforço nestas importantes mudanças e este é um trabalho que não pode nem deve ser público, por tudo o que implica”, explicou a Animal.

“Se outros grupos quiserem avançar com ações de rua que achem que podem ser benéficas para a causa, saibam que não colidirão com as nossas, pois não as faremos”, dizia ainda o texto: “Caso exista algum evento específico ou simbólico que justifique que organizemos algo, aí fá-lo-emos e informar-vos-emos a respeito, mas, até lá, vamos ter que nos manter apenas no trabalho de bastidores, a bem do sucesso do que pretendemos alcançar”.

“Não são medidas fáceis e requerem muito, mas mesmo muito esforço e dedicação, pelo que esperamos que compreendam que não podemos divulgar muito a respeito. O cerco está a apertar para a indústria tauromáquica nos oito países em que esta ainda é legal e por essa razão o combate tem que ser ainda mais firme e certeiro”, complementou a plataforma.