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Tosse de fumador pode esconder uma doença muito grave

Fumar_Fumante_900.jpgOs fumadores não devem ignorar sintomas como tosse persistente: muito comum e que pode esconder problemas de saúde graves. O Departamento de Saúde Pública do Reino Unido alerta para a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

Começa na tosse, cansaço e falta de ar. Pode terminar em morte. Pelo meio, a DPOC pode provocar depressão e limitar as atividades diárias.

O Departamento de Saúde Pública do Reino Unido lançou uma campanha de alerta que tem como objetivo combater o desconhecimento, por parte dos fumadores, para os riscos de doenças incapacitantes, como a DPOC.

Entre o desconhecimento está um sinal que é descurado: a tosse. Muitos fumadores encaram-na como um efeito normal e inofensivo, mas a realidade pode ser bem diferente.

A tosse do fumador pode representar a presença de uma doença grave e incapacitante.

A DPOC provoca uma redução das vias aéreas, o que leva a grandes dificuldades físicas em atividades diárias, como, por exemplo, subir escadas.

Numa fase já avançada, os doentes são incapazes de desenvolver outras atividades diárias como pentear o cabelo ou conduzir.

No Reino Unido, há mais de um milhão de doentes, sendo que, em cada dez casos, nove são provocados pelo tabagismo.

A DPOC causa mais de três milhões de mortes em todo o mundo. Mas há ainda muito desconhecimento.

É uma das doenças respiratórias mais comuns, afetando 14 por cento da população portuguesa com mais de 40 anos.

As pessoas que vivem com esta doença pulmonar padecem de uma inadequada oxigenação do sangue, o que condiciona o normal funcionamento dos órgãos vitais como o cérebro, o coração, o fígado e o rim.

Trata-se de uma problema de saúde crónico e incapacitante que se carateriza pela falta de ar, tosse e aumento da produção de expetoração – com um grande impacto na qualidade de vida dos doentes a nível pessoal, profissional, familiar e social.

Rastrear continua a ser a palavra de ordem para prevenir este problema, que é, entre as mais devastadoras doenças, uma das mais ignoradas.

Quando a doença não é diagnosticada e tratada pode mesmo levar a uma situação irreversível, em que a qualidade de vida do doente é bastante afetada.

Fumadores e ex-fumadores com mais de 40 anos, o grupo de risco para o desenvolvimento da DPOC, continuam a ignorar os primeiros sintomas: tosse, expetoração e cansaço, fazendo com que a doença seja diagnosticada tardiamente.

A exposição persistente a fatores de risco, nomeadamente o tabaco, e as alterações a nível da estrutura da população mundial, cada vez mais envelhecida, fazem da DPOC uma das grandes ameaças da saúde

A DPOC carateriza-se por obstrução do débito aéreo (passagem de ar dificultada), acompanhada por dificuldade respiratória (dispneia) e aumento da produção de expetoração.

Um relatório recente do Observatório Nacional das Doença Respiratórias revelou que a DPOC mata 2400 portugueses por ano, sendo responsável por 10 por cento dos internamentos.

A falta de informação que constitui um dos principais fatores que justificam os elevados números de mortes em todo o mundo.

São cerca de quatro milhões as vítimas de doenças do foro respiratório como a DPOC que, em comparação com outras doenças graves, duplicou a sua taxa de mortalidade nos últimos trinta anos.

Por se tratar de uma doença cujos sintomas não são imediatamente visíveis, só através de campanhas de rastreio e de sensibilização será possível diagnosticar novos casos de DPOC e tratá-la antes da sua progressão.

Doenças respiratórias como asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, cancro do pulmão, infeções respiratórias, tuberculose, são, no seu conjunto, das principais causas de morte no mundo.

Em Portugal, são já a quarta causa de mortalidade e afetam mais de 10 por cento da população.

São ainda responsáveis por mais de 80 mil internamentos por ano e 15 milhões de dias de baixa (enquanto os internamentos globais tem uma diminuição de por cento os internamentos por doença respiratória tiveram um aumento relativo de 12 por cento nos últimos anos).

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