Tony Nicklinson, empresário paralisado pede eutanásia através do Twitter

A história de Tony já é conhecida desde março, mas este antigo empresário de sucesso chegou agora a um novo patamar. Através de um sistema de alta tecnologia, que lê o movimento dos seus olhos, britânico consegue agora falar com o mundo, através da rede social Twitter.

Em março, o PT Jornal deu-lhe a conhecer a história de Tony Nicklinson, de 58 anos. Este britânico era um homem de negócios de sucesso, adepto e viciado em desportos radicais, até 2006. Nesse ano, numa viagem de trabalho, Tony sofreu um derrame cerebral, que acabou com os seus sonhos, com os seus desejos e principalmente com a sua vontade em viver.

O AVC retirou-lhe todas as capacidades de movimento mas deixou-lhe o cérebro intacto. Esta rara condição humana é conhecida pelo Síndrome do Encarceramento. Basicamente, Tony pensa e decide em condições, apenas não consegue transformar isso em atos, o seu corpo não responde a qualquer ordem cerebral. Há no entanto uma parte do corpo que ainda está ‘viva’, os olhos, que lhe possibilitam agora um pequeno desenvolvimento na sua vida.

A partir de um sistema de alta tecnologia, Tony Nicklinson já tem uma conta no Twitter, onde pode comunicar com tudo e todos. O sistema lê o movimento dos seus olhos, que agem no fundo como o rato do computador: “Olá mundo, Eu sou Tony Nicklinson, tenho o síndrome de encarceramento e este é o meu primeiro tweet de sempre”, foi esta a primeira mensagem deixada pelo britânico naquela rede social.

Rapidamente, e depois da história ficar conhecida em março passado, Tony conquistou milhares de seguidores. Na altura em que escrevemos este artigo, são já mais de 15 mil que seguem o doente.

Rapidamente, entre as centenas de mensagens de apoio, surgiu a questão. Estará Tony disposto a esquecer a morte por causa da sua nova ferramenta de comunicação? Ele próprio responde: “As pessoas querem saber se vou mudar de ideias por causa do Twitter. Vamos ouvir primeiro a decisão e depois talvez vos diga”.

Nicklinson aguarda ainda a decisão dos tribunais. O britânico luta há anos por uma permissão para que possa colocar um ponto final na vida.

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