Todo-o-terreno: Peugeot regressa ao Dakar com Carlos Sainz e Cyril Després

A Peugeot vai regressar ao Rali Dakar, prova que disputou entre 1987 e 1990. Um regresso de que se fala desde o ano passado, mas que agora se concretiza, depois da marca francesa ter conquistado outro objetivo em 2013, quando bateu o recorde da rampa de Pikes Peak, nos Estados Unidos.

Desta feita a Peugeot não vai recorrer aos serviços de Sebastien Loeb – envolvido com a Citroën no Campeonato do Mundo de Carros de Turismo – mas sim ao do veterano Carlos Sainz e também de Cyril Després, várias vezes vencedor do Dakar em motos.

Inspirado nos feitos do passado com modelos de competição como o 205 T16 ou o 405 T16 em África, a Peugeot está apostada agora em ter o mesmo sucesso na América do Sul, numa maratona que não será mais fácl, dada a variedade de terrenos ao longo dos seus 10 mil quilómetros de percurso.

Para enfrentar o Dakar no continente americano a marca de Sochaux escolheu um novo modelo, o 2008 DKR, com o qual já fez um pequeno teste de 20 quilómetros em Junho do ano passado.

Maxime Picat, responsável do projeto, explica que “depois da vitória em Pikes Peak em 2013 ficou demonstrado do que a Peugeot Sport era capaz”, referindo que se tratou de um sucesso que levou a marca “considerar outros programas desportivos. E o resultado desse processo foi o regresso ao Dakar”.

Já para Carlos Sainz o convite da Peugeot foi irrecusável: “Várias vezes competi contra a Peugeot no passado e sei como são apaixonados pelo automobilismo”.

“E também sei que quando se decidem a fazer algo dão tudo por tudo. Comigo passa-se a mesma coisa. Dado o amor que tenho pelo Dakar quando a Peugeot me convidou a proposta era demasiado boa para resistir a um regresso a esta aventura única”, acrescentou o veterano piloto espanhol.

Quanto a Cyril Després, a entrada na equipa surgiu naturalmente: “Quando se faz o Dakar de motos pode-se passar dez anos a andar sozinho e tem-se muito tempo para pensar em várias coisas. E de fato, a ideia de correr de carro veio em Janeiro no último Dakar, quando a Peugeot e a Red Bull surgiram com esta oportunidade incrível”.

”Estou bastante orgulhoso. Não me levou muito tempo a responder. Para mim trata-se mesmo de um sonho tornado realidade e o início de uma vida nova para mim”, referiu ainda o francês.