Tiago Monteiro e o empresário José Guedes, através da Oceanational Motor SA, avançaram com uma ação judicial contra o Estado português a exigir uma indemnização de 9,4 milhões de euros por danos patrimoniais e não patrimoniais.
O processo é interposto devido ao incumprimento do acordo de patrocínio estabelecido entre a empresa e o anterior governo, liderado por José Sócrates em 2008, que totalizava seis milhões de euros. Acordo que não é reconhecido pelo atual executivo, alegando que não existe um contrato formalmente assinado.
Na altura do apoio dado à equipa Ocean Racing Technology – que disputava então o campeonato GP2 – pressupunha a participação da formação liderada por Tiago Monteiro e José Guedes na disciplina antecâmara da Fórmula 1 e a promoção, através da mesma, do Autódromo Internacional do Algarve (AIA).
O governo ‘Sócrates’ acordou um financiamento de dois milhões de euros anuais durante três anos, canalizados para a Ocean através da Parkalgar, gestora da pista de Portimão.
Só que anterior executivo acabou por não honrar o compromisso, levando a que a Ocean viesse a encerrar por insolvência, levando a que Tiago Monteiro e José Guedes queiram agora ser ressarcidos pelos danos sofridos, interpondo um processo contra o Estado no Tribunal Admnistrativo e Fiscal do Porto no passado dia 7 de Setembro.
Segundo a Oceanational Motor SA esta recebeu o aval de Laurentino Dias, então secretário de Estado do Desporto, e que só por isso avançou para o projeto de constuição de uma equipa de GP2, e que foi o político a liderar o proceso que levou à assinatura de um contrato com a Parkalgar, em que o Estado se comprometia a suportar o custos envolvidos.
O que ficou explícito num memorando do próprio ex-governante por correio eletrónico, mas que não é reconhecido como válido pelo atual executivo, mas que permitiu o financiamento de parte da verba através de um financiamento por parte do BANIF.
Dos seus milhões de euros prometidos pelo governo, a equipa de Tiago Monteiro e José Guedes acabou por beneficiar de pouco mais de um milhão de euros. A parte que falta não é assumida pela Parkalgar, como fez questão de comunicar ao executivo em Janeiro de 2012.
