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Thierry Neuville lidera Rali de Portugal após dia ‘louco’

Thierry Neuville foi o grande beneficiado pela hecatombe que as classificativas do Alto Minho provocaram no Rali de Portugal.

O belga da Hyundai nem sempre foi o mais rápido neste segundo dia de prova, não fez as melhores escolhas de pneus, mas foi o melhor a ‘sobreviver’ aos percalços que as especiais de Viana do Castelo, Caminha e Ponte de Lima reservaram à caravana do evento luso do Campeonato do Mundo de Ralis.

Depois as duas passagens pela Porto Street Stage foram apenas uma formalidade, para que Neuville regressasse à Exponor no comando do rali, que depois dos abandonos de Ott Tanak e Jari-Matti Latvala, da parte da manhã, e de Sebastien Ogier, Hayden Paddon e Andreas Mikkelsen da parte da tarde, ficou com a discussão pela liderança praticamente reduzida ao belga da Hyundai e ao seu companheiro de equipa Dani Sordo, com Elfyn Evans ainda numa posição de expetativa, podendo dar à Ford o resultado que o Campeão do Mundo já não pode proporcionar.

São pouco mais de 17 segundos os que separam Neuville de Sordo, com Evans mais de 24 segundos mais atrás, antes de um terceiro dia que reserva ainda seis classificativas muito duras, duas passagens pelas especiais de Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, que podem e devem provocar ainda muitas ‘mossas’ no pelotão.

Atrás dos três primeiros, e com a responsabilidade de, sozinho, defender as cores da Toyota, Esapekka Lappi teve um dia difícil mas foi superando obstáculo, concluindo em boa nota, ainda que na fase final da etapa tenha tido problemas com as suspensões, devido a uma fuga de óleo num dos amortecedores traseiros do Yaris WRC.

Pior foi para Kris Meeke, já que o britânico da Citroën, que após a especial de Caminha 1 estava na liderança, destruiu três dos seus pneus e foi mesmo obrigado a cumprir a Porto Street Stage em cima da jante traseira esquerda. Um final penoso, que o deixou a mais de um minuto do líder e já sem hipóteses de lutar pela vitória. Ainda assim nem tudo está perdido e o galês tentará amealhar o maior número de pontos.

Craig Breen, o outro piloto da Citroën, não destruiu tantos pneus mas perdeu mais tempo, concluindo o dia a quase dois minutos e meio de Thierry Neuville. Tal como o seu companheiro de equipa procurará nos dois próximos dias garantir um resultado que permita à marca somar o máximo de pontos possível.

Mas o dia foi mesmo mau é para Tanak, Latvala, Ogier, Paddon e Mikkelsen. E se o finlandês da Toyota, o norueguês da Hyundai e o francês da Ford ainda podem regressar amanhã ao abrigo do ‘Rally 2’, o estónio e o neozelandês já não o poderão fazer. Ott Tanak viu o motor do seu Yaris partir após a subida de temperatura na primeira passagem pelo troço de Viana do Castelo, enquanto Hayden Paddon teve de rumar ao hospital com dores nas costas após o acidente sofrido em Ponte de Lima 2 (foto), que obrigou a organização a interromper a prova.

Classificação após a 9.ª PE

1º Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul (Hyundai) 1h37m30,7s

2º Elfyn Evans/Daniel Barritt (Ford) +17m7s

Dani Sordo/Carlos del Barrio (Hyundai) + 24,3s

4º Teemu Suninen/Mikka Markkula (Ford) + 34,4s

5º Esapekka Lappi/Jane Ferm (Toyota) + 45,8s

6 º Mads Ostberg/Torsen Eriksen (Citroën) + 48,3s

7º Kris Meeke/Paul Nagle (Citroën) + 1m18,7s

8º Craig Breen/Scott Martin (Citroën) + 2m27,3s

9 º Gus Greensmith/Chris Parry (Ford) + 6m57,1s

10º Lukasz Pieniaziek/Petr Mazur (Skoda) + 7m31,4s

 

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