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Theresa May alerta para “território desconhecido” se acordo do ‘Brexit’ não for aprovado

A primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, advertiu hoje que o Reino Unido entrará num “território desconhecido” se o parlamento recusar este mês o acordo do Brexit a que chegou com a União europeia.

A chefe do Governo confirmou numa entrevista à BBC que tenciona submeter o acordo a votação durante a terceira semana de janeiro, uma votação que em dezembro tinha adiado devido à falta de maioria parlamentar que o apoie.

“Se o acordo não for aprovado vamos entrar num território desconhecido. Não acredito que alguém possa dizer exatamente o que ocorreria, em termos da reação que veríamos no parlamento”, defendeu a primeira-ministra.

May insistiu que espera nos próximos dias obter novas garantias pela parte da UE que outorguem “confiança” aos críticos do pacto de que o mecanismo de salvaguarda para evitar uma fronteira da Irlanda do Norte não se converta em permanente.

A preocupação em torno deste assunto é o principal ponto que levou o setor mais eurocético dos conservadores e os sócios do Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte a oporem-se ao acordo.

A primeira-ministra britânica insistiu mesmo assim que é contrária à convocatória de um segundo referendo sobre o Brexit, defendendo que seria uma “falta de respeito” face ao resultado da consulta de junho de 2016, na qual 51,9 por cento dos votantes optaram pela saída da UE.

May também sublinhou que não há tempo para organizar um referendo antes de 29 de março, a data combinada para a rutura, e que por isso essa opção obrigaria a adiar o Brexit.

À espera de novas concessões por parte de Bruxelas que facilitem a aprovação do acordo na Câmara dos Comuns, a mandatária conservadora avançou que nos próximos dias anunciará novas “medidas” para tentar convencer os “tories” euros céticos e o DUP.

Em primeiro lugar, prevê anunciar “medidas referentes à Irlanda do Norte”, e em segundo lugar desvelará um plano para outorgar “um maior papel ao Parlamento” nas futuras negociações sobre a relação comercial que estabelecerão Londres e Bruxelas depois da saída britânica do bloco comunitário.

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