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Texugos: Ministro britânico quer asfixiar os que fugirem à matança

O controlo dos texugos no Reino Unido atingiu um nível extremo quando o ministro do Ambiente defende a “asfixia” dos animais que escaparem aos tiros. “Toda esta situação é uma farsa”, critica o ativista Gavin Grant.

O “massacre dos texugos” continua a dividir o Reino Unido. Os mustelídios estão a ser alvo de uma campanha de erradicação e controlo, promovida pelo Governo britânico, por alegadamente disseminarem a tuberculose bovina nas regiões de Somerset e em Gloucestershire.

Contudo, os animais “mudaram as regras do jogo”, afirmou o ministro do Ambiente. Quando o debate estava a acalmar, dado o falhanço do “massacre” (os atiradores não conseguiram matar metade dos 2000 texugos previstos), Owen Paterson fez uma sugestão que relançou a polémica: se não morrem aos tiros, o Governo já pensa “na asfixia”.

“Os texugos mudaram as regras do jogo. Estamos a lidar com um animal selvagem, sujeito aos caprichos do tempo e de doenças e padrões de reprodução”, lamentou o ministro, em entrevista à BBC Spotlight.

No Parlamento, o governante culpou os texugos pela “falta de eficiência” da operação de erradicação, insistindo que os mustelídios são para eliminar: “até que possamos estabelecer as vacinas, temos que usar as ferramentas utilizadas por outros países, que é remover a vida selvagem. Deixamos isso bem claro na nossa estratégia de tuberculose”.

“Asfixiar texugos é algo que está provado ser desumano e é inaceitável que Owen Paterson considere tal opção só porque o seu abate não-científico, dispendioso e equivocado não está a funcionar”, criticou a deputada Maria Eagle: “em vez de culpar os texugos pelo fracasso da sua política, é hora de criar um plano coerente para erradicar a tuberculose através da vacinação de ambos, texugos e gados, juntamente com regras mais rígidas sobre a circulação de animais”.

O “massacre” planeado pelo Governo previa a eliminação de 2081 dos 2400 animais existentes em Somerset. O executivo pondera agora alargar o período da operação em mais três semanas.

“Francamente, toda esta situação é uma farsa”, criticou o ativista Gavin Grant, diretor da associação de preservação RSPCA: “independentemente dos números, é claro que o sistema falhou”.

Na oposição a esta iniciativa do Governo tem-se destacado Brian May, o antigo guitarrista dos Queen que é conhecido pelas posições em defesa dos animais. Para o músico, o plano do Governo é simplemente “ridículo”.

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