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Texto de Boucherie Mendes sobre Moura Guedes surpreende a jornalista

O jornalista e diretor de programas Pedro Boucherie Mendes escreveu um texto onde tece enormes elogios a Manuel Moura Guedes. A jornalista leu e confessou-se surpreendida. “Não estou habituada a que alguém do meio, ligado aos media, diga publicamente bem de mim. É muito raro e daí a minha surpresa e também o enorme gosto em ler este texto”, escreveu Manuela Moura Guedes.

Boucherie Mendes revela que não conhece Manuela Moura Guedes. No entanto, nutre simpatia e reconhece o seu trabalho.

“Sempre gostei dela, quando era locutora de continuidade, cantora, jornalista repórter, apresentadora. A beleza está sempre na harmonia trazida pela desarmonia mas MMG sempre foi mais que uma mulher bonita. Antes do feminismo estar na ordem do dia, já ela era levada da breca”, escreve.

Porém, a opinião generalizada era diferente. “Como em todos os casos de alguém que ousa ser diferente, MMG pagava esse preço, como pagou sempre”, justifica Boucherie Mendes.

“Ali na primeira década deste século, o seu jornal de sextas-feiras na TVI tornou-se muito peculiar por ser agressivo mas sobretudo por a sua equipa de repórteres parecer não ter aquele filtro tão opaco que caracteriza a relação entre jornalistas e políticos na nossa Democracia”, realça.

“Iam onde os outros não iam e metiam-se com que os outros não se metiam”.

Há uma alusão implícita ao caso que envolve José Sócrates, mas não só. O jornalismo agressivo da TVI tinha um rosto: “Era ela quem era insultada, maldita, ofendida, por ser mulher e jornalista”.

“A corda partiu pelo lado de MMG e da sua equipa. O jornal acabou suspenso e MMG acabou por rescindir com a TVI, admitindo em entrevistas seguintes que precisou de recorrer a tratamento para se equilibrar emocionalmente”, continua o diretor de programas.

Boucherie Mendes refere-se a esta entrevista:

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=276WDRBAWO78

“Se na altura MMG tivesse ganho um dos 400 prémios de jornalismo que em que Portugal premeiam sempre o mesmo tipo de jornalismo e de jornalistas, cairia o Carmo, a Trindade”, defende.

E Pedro Boucherie Mendes pergunta se os “colegas jornalistas” estão a pensar em Moura Guedes, para “os prémios a decidir em breve, dado este final de 2017 tão cheio de revelações surpreendentes”.

A reação ao texto surge pela própria Moura Guedes, que se diz surpreendida com o texto.

“Tropecei neste texto por acaso, tal como foi por acaso, de facto, ter-me cruzado uma vez com Pedro Boucherie. Confesso que fiquei admirada, não por ser dele, porque, como já disse não nos conhecemos mesmo, mas porque não estou habituada a que alguém do meio, ligado aos media, diga publicamente bem de mim”.

“É muito raro e daí a minha surpresa e também o enorme gosto em ler este texto”.

“Em meu nome e de todos os excelentes jornalistas que eu tive o privilégio de chefiar naquele Jornal, muito obrigada”, realçou ainda a jornalista.

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