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Texto “as mulheres de pernas abertas já enjoam” agita internet

Paula Cosme Pinto, cronista do jornal Expresso, escreveu um artigo que tem dado que falar nas redes sociais, onde critica a forma como a imagem da mulher é exposta em campanhas publicitárias, falando mesmo numa “pornificação da mulher”.

Este texto surge após Alexander Wang ter partilhado, no Instagram, imagens da próxima coleção de inverno, com uma mulher, a modelo Bella Haddid, de pernas abertas (veja no final deste artigo).

Tendo por base uma crítica à “contínua sexualização da figura feminina como ponto de partida para campanhas de moda e publicidade”, Paula Cosme Pinto salienta que “por mais que possa chegar às massas, isto da pornificação da mulher para vender calças de ganga ou vender vestidos de cetim, já enjoa”.

E lembra que “por mais que até possa ter como base uma componente artística e estética, a publicidade – seja ela no universo na moda ou noutro qualquer – tem um intuito primordial, que é vender uma mensagem”.

No entanto, “as marcas não se podem, nem devem, demitir da sua cota parte de responsabilidade social quando o fazem às massas, no espaço público”.

“Há quem ache que isto é simplesmente sensual, provocativo, sedutor. Para mim, a imagem que reproduzo na abertura do texto é simplesmente preguiçosa, mais do mesmo”, diz a autora do texto “as mulheres de pernas abertas já enjoam”.

“Por mais que possa chegar às massas, isto da pornificação da mulher para vender calças de ganga ou vender vestidos de cetim, já enjoa”.

No Expresso, Paula Cosme Pinto diz, por isso, ser necessário que se faça a reflexão “sobre as consequências da constante desumanização de homens e, principalmente, de mulheres em imagens publicitárias, tal como a hiperestereotipação dos comportamentos que são esperados de cada género”, nomeadamente a “sexualização constante do corpo feminino enquanto simples objeto de desejo”.

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