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Tesouro nazi de Gurlitt pode ir para o Museu de Berna

O Museu de Belas Artes de Berna, na Suíça, está disponível para receber a coleção de Cornelius Gurlitt, que ficou conhecida como ‘o tesouro nazi’. O octogenário alemão era filho de Hildebrand Gurlitt, que durante o período nazi montou a coleção com obras roubadas a judeus.

A coleção de arte do alemão Cornelius Gurlitt pode ir parar ao Museu de Belas Artes de Berna, na Suíça.

Christoph Schaeublin, o presidente da fundação que gere o museu, mostrou-se recetivo para guardar uma coleção que ficou famosa como ‘o tesouro nazi’ enquanto as autoridades alemãs tentam identificar os herdeiros dos legítimos proprietários das obras.

Isto porque a coleção, composta por mais de 1400 obras de arte, terá sido montada por Hildebrand Gurlitt, o pai de Cornelius Gurlitt, durante o período nazi.

O então negociante de arte terá ficado encarregado de vender os quadros roubados (maioritariamente a colecionadores judeus) e as obras que o regime de Hitler considerava degeneradas.

Foi em 2012 que a polícia suíça encontrou os primeiros quadros da coleção, numa busca à casa do suspeito, em Salzburgo. Na coleção encontram-se obras de artistas como Matisse, Chagall e Picasso.

Cornelius Gurlitt, que faleceu em maio deste ano, sempre argumentara que não teve indícios de que o espólio fosse formado por obras roubadas ou adquiridas (a um preço baixo) sob coação.

No testamento, o alemão manifestou a vontade de que o acervo fosse transferido para Berna.

No entanto, uma prima de Cornelius, Uta Werner, de 86 anos, já se apresentou à Justiça como a alegada herdeira, reivindicando a coleção (avaliada em dezenas de milhares de euros) como herança.

As obras de proveniência duvidosa devem ficar à guarda das autoridades alemãs, que anunciaram a restituição “imediata” de pelo menos três quadros aos legítimos herdeiros.

Como curiosidade, uma das beneficiadas será Anne Sinclair, a jornalista francesa que foi casada com Dominique Strauss-Khan , o ex-diretor do FMI envolvido em escândalos sexuais. Segundo as investigações, algumas obras de arte, incluindo um quadro de Matisse, terão sido roubadas ao avô de Sinclair, Paul Rosenberg.

A disponibilidade do Museu de Belas Artes já foi contestada por Ronald Lauder, presidente do Congresso Judaico Mundial: “Abrirá uma caixa de Pandora e provocará uma avalanche de demandas”.

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