A austeridade chegou à autoridade. As chefias da PSP vão sofrer uma ‘tesourada’, com Miguel Macedo, o ministro da Administração Interna, a anunciar a redução de mais de 120 cargos, tanto nos comandos metropolitanos, como nos regionais e distritais.
Foi amarga a prenda anunciada por Miguel Macedo na cerimónia evocativa dos 145 anos da Polícia de Segurança Pública (PSP). Em dia de festa, o ministro da Administração Interna revelou que a austeridade também afeta a autoridade, anunciando uma ‘tesourada’ nas chefias, com a extinção de mais de 120 cargos, e uma redução nos núcleos e secções, baixando dos atuais 592 para 180.
“Pretende-se, assim, introduzir mecanismos mais flexíveis ao nível dos cargos de direção intermédia e reduzir o peso burocrático na organização da Polícia numa lógica de otimização dos recursos e de maior eficiência nos procedimentos”, explicou o governante, salientando que as propostas integram as alterações à lei orgânica da PSP e ao estatuto da Polícia de Segurança Pública, cujos projetos foram já apresentados aos sindicatos da PSP.
O diretor nacional da PSP repetiu os argumentos do ministro, afirmando que os números resultam duma proposta da direção nacional da PSP para permitor “maior racionalização, otimização dos recursos e meios e uma maior flexibilização na gestão dos recursos humanos e nas estruturas da PSP”. Segundo o superintendente Paulo Gomes, os cortes nos cargos de chefia serão ao nível dos oficiais, ocorrendo tanto nos comandos metropolitanos como nos regionais e distritais.
