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Terrorismo: FBI ‘avisa’ Apple de que vai desbloquear iPhone de San Bernardino

O FBI revelou que está prestes a receber ajuda, de “uma terceira parte”, para ‘arrombar’ o iPhone de Syed Farook, um dos terroristas do atentado de San Bernardino. A revelação foi feita horas antes da audiência em tribunal com o Departamento de Justiça dos EUA e a Apple.

O FBI terá arranjado um método alternativo para ‘arrombar’ o iPhone usado por um terrorista, após a Apple ter recusado o pedido do Departamento de Justiça para ajudar a aceder aos dados do smartphone.

O diferendo entre a tecnológica, que tem como bandeira a privacidade dos utilizadores dos dispositivos, e as autoridades norte-americanas, interessadas na informação que Syed Rizwan Farook teria no iPhone, chegou hoje a tribunal: ou melhor, iria chegar.

Horas antes da audiência com as duas partes, o FBI fez saber que recorreu a “uma terceira parte” e prepara-se para ‘arrombar’ o smartphone, dispensando “a colaboração” da Apple.

“Uma terceira parte mostrou ao FBI um método possível para desbloquear o iPhone de Farook. Agora é preciso determinar se é um método viável”, argumentaram os advogados do Departamento de Justiça, no requerimento enviado ao Tribunal de Riverside (Califórnia) para justificar o adiamento (que aconteceu) da audiência.

“A nossa prioridade foi sempre ter acesso ao telemóvel utilizado pelo terrorista em San Bernardino. Com este objectivo em mente, o FBI trabalhou para obter acesso ao aparelho, mesmo sem a colaboração da Apple, durante um período de um mês de litígio com a companhia”, salientou Melanie Newman, a porta-voz do Departamento da Justiça, em declarações ao The Washington Post.

O ‘aviso’ do FBI à Apple surgiu também antes do lançamento do novo iPhone SE, o que permitiu a Tim Cook responder à provocação.

“Construímos o iPhone para os clientes e sabemos que é um aparelho muito pessoal”, salientou o CEO da empresa, lembrando que existem “milhares de milhões de dispostivos Apple por todo o mundo”.

“Temos de decidir, como nação, qual a extensão do poder que o Governo deve ter sobre os nossos dados e sobre a nossa privacidade”, acrescentou Tim Cook: “Acreditamos fortemente que temos a responsabilidade de ajudar os consumidores a protegerem os seus dados e privacidade. Este é um assunto que tem impacto sobre todos nós e não iremos escusar-nos desta responsabilidade”.

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