Willy Sagnol, antigo internacional francês e treinador do Bordéus, está no centro de uma polémica, depois de ter afirmado, numa entrevista ao jornal ‘Sud-Ouest’, que não quer jogadores africanos na sua equipa, porque prefere “técnica, inteligência e disciplina” à “capacidade física”. As suas ideias levaram já a Liga contra o Racismo e Antissemitismo a pedir o despedimento do treinador.
O treinador do Bordéus gerou uma onda de repúdio em França, depois de ter justificado a razão pela qual não gosta de jogadores africanos.
“O jogador africano não é caro, tem capacidade física e está sempre pronto para a luta. Mas o futebol também é técnica, inteligência e disciplina”, disse Willy Sagnol, numa entrevista ao ‘Sud-Ouest’.
O raciocínio de Willy Sagnol foi mais longe: “Prefiro os jogadores nórdicos, porque têm mais mentalidade”.
As palavras caíram mal, em França e não só e provocaram críticas, nas redes sociais. Jogadores franceses – alguns dos quais colegas de seleção de Sagnol – lamentaram as afirmações.
Liliam Thuram é um desses atletas. “É lamentável ouvir declarações como estas”, reagiu o internacional francês.
A Liga contra o Racismo e Antissemitismo chegou mesmo a exigir que o Bordéus despedisse o técnico.
Mas houve também quem se colocasse ao lado de Willy Sagnol.
É o caso do antigo presidente do Marselha, Bernard Tapie, que lembrou que o capitão de equipa do Bordéus é… africano: Lamine Sané.