A Federação Portuguesa de Táxis exige que se aplique uma multa de 4000 euros, quando for detetado o transporte de passageiros de forma “clandestina”, numa alusão à aplicação Uber. O presidente daquela federação, Carlos Ramos, salienta que a medida foi eficaz em Espanha.
A Federação Portuguesa de Táxis quer a aplicação imediata de uma multa, para travar o transporte de passageiros através da Uber.
Em declarações à agência de notícias Lusa, Carlos Ramos defendeu que a coima deve atingir os 4000 euros e ser aplicada sempre que for “detetada a fraude de transporte ilegal e clandestino”, aludindo ao serviço de transporte feito através da Uber.
Mas não é apenas a Uber que preocupa os taxistas, uma vez que existem, segundo o presidente da Federação Portuguesa de Táxis, outros casos de serviços ilegais, que alegadamente não têm licença para transporte de passageiros.
“Considerando que o próprio Instituto de Mobilidade e dos Transportes o reconhece e que as autoridades da administração pública dizem que não podem ter um polícia nem um fiscal atrás deste tipo de transporte, nós viemos apresentar uma solução, que é mexer nas coimas, para que elas, por si, sejam um fator de dissuasão”, salientou Carlos Ramos à Lusa, em Lisboa, depois de um encontro com o presidente do IMT.
Aquele responsável considera que o “condutor, o dono do carro e os intermediários deste tipo de serviços” devem pagar a coima “de imediato”, e só depois serem chamados a tribunal, num eventual diferendo.
Carlos Ramos lembra também que a medida já foi aplicada em Espanha e que o resultado foi um travão no transporte ilegal de passageiros, sobretudo através da Uber.
“Se qualquer um de nós ligar a plataforma para Madrid ou para Barcelona, não se vê Uber nas ruas, porque foi isto que eles fizeram. A medida é por si só dissuasora”, concluiu.