Taxista muçulmano e cliente choram nos EUA após ataques de Paris

Uma conversa entre um taxista muçulmano e um cliente tornou-se num dos assuntos do momento no Twitter. Alex Malloyy assumiu que chorou ao ouvir o desgosto do taxista por não ter clientes depois dos ataques de Paris. “Ninguém se sente seguro no meu carro”, explicou o taxista.

Durante várias horas, um taxista circulou por Nova Iorque sem transportar qualquer cliente: assim que viam que ao volante estava um muçulmano, os interessados iam procurar outro táxi.

Isto ocorreu no sábado em Nova Iorque (EUA), horas após os ataques terroristas em Paris (França), e tornou-se num dos tópicos mais comentados e partilhados no Twitter durante o fim de semana.

O caso tornou-se viral porque o primeiro cliente que esse taxista teve, depois dos ataques a Paris, foi Alex Malloyy, um jovem que contou a experiência avassaladora que viveu a bordo do táxi.

“As pessoas estavam com medo porque Nova Iorque estava em alerta de alto nível. Durante 25 minutos eu tive de dizer a este estranho, a este humano como eu e tu, que ele não fazia parte do que estava a acontecer e como lamentava que as pessoas o encarassem com medo ou ódio”, escreveu Alex Malloyy.

“Ele só dizia ‘Alá, o meu Deus, não acredita nisto. As pessoas pensam que eu faço parte disto e eu não faço. Ninguém quer usar o meu táxi porque não se sentem seguros, assim nem consigo trabalhar’. Via-se que a tristeza dele era imensa”, acrescentou o jovem cliente.

A principal conclusão que Alex Malloyy guarda dos “25 minutos mais tristes da minha vida”, durante os quais chorou “tanto como o taxista”, é de que ser muçulmano não significa ser terrorista.

“Deixem de generalizar um grupo de pessoas com os atos de violência de alguns extremistas”, frisou o jovem cliente, concluindo o tweet que se tornou viral durante o fim de semana.