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Taxa de inflação em Macau estável nos 3% em 2019

A taxa de inflação em Macau deverá atingir os 3 por cento em 2019, mantendo-se estável ao longo do ano, indicam projeções académicas sobre a economica do território hoje divulgadas.

De acordo com o departamento de Economia e o Centro para os Estudos de Macau da Universidade de Macau (UM), o consumo privado vai “crescer de forma constante”, prevendo-se que registe os 4 por cento em 2019. Por outro lado, o investimento total deverá cair 7,9 por cento neste ano.

Paralelamente, a importação de bens deverá aumentar 3,1 por cento no ano corrente, enquanto a importação de serviços registará “uns modestos” 4,2 por cento.

Por outro lado, prevê-se que a taxa de exportações de serviços cresça “mais lentamente” este ano, também ao nível dos 4,2 por cento. A exportação de bens, por sua vez, deverá aumentar 0,6 por cento.

“As exportações de serviços são fortemente influenciadas pelas condições económicas externas e pelas políticas governamentais” e “podem ajustar-se muito ao longo do ano”, sublinhou a UM, na previsão macroeconómica para Macau em 2019.

Num ano em que o chefe do Governo de Macau, Chui Sai On, garantiu estar preparado para o impacto da guerra comercial entre Pequim e Washington, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 2,7 por cento, “oscilando entre uma taxa pessimista de menos 6,5 por cento e uma taxa otimista de 11,9 por cento”, segundo as projeções da UM.

Quanto ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego deverá fixar-se nos 2 por cento em 2019, com o salário médio a rondar as 16.205 patacas (cerca de 1.760 euros).

Em novembro, Chui Sai On garantiu que o Governo estava atento às previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que estimou um abrandamento do crescimento da economia mundial caso persista a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos, e afirmou que o território está a adotar “uma estratégia de investimento defensivo”.

A UM sublinhou que, tendo em conta os dados recolhidos, a economia Região Administrativa Especial de Macau cresceu substancialmente com taxas de 9,4 por cento e 5,9 por cento no primeiro e segundo trimestre de 2018, respetivamente, em comparação ao período homólogo anterior.

O efeito do tufão Mangkut, em setembro, levou a economia a registar um crescimento de apenas 1,6 por cento no terceiro trimestre do ano passado, indicou.

Por outro lado, os efeitos negativos dos conflitos comerciais com os Estados Unidos e outros ajustamentos estruturais na economia da China afetaram, nos últimos meses do ano, a economia de Macau, indicou a UM.

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